Free counter and web stats

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

De Paris, Com Amor


Pode parecer clichê, mas não me importo.

Precisava de um tempo pra mim, então fiz uma loucura que passei a vida esperando para acontecer e não aconteceu: comprei minhas passagens para Paris!

Se eu tinha companhia? Não! E dai?!

Arrumei minha pequena mala vermelha e lá fui eu, sem lenço e sem documento.

Desembarquei no Charles De Gaulle e peguei um trem até uma grande estação de trens e metrôs, Gare du Norte que é a estação onde se passa "A Invenção de Hugo Cabret" do Scorsese, e assim ao sair da estação vi uma grande quantidade de pessoas, e carros, e bicicletas e me dei conta de que estava em Paris!

Aluguei um flat porque além de ficar mais barato eu podia ficar mais a vontade do que em um hotel, deixei minhas coisas e logo sai para conhecer a vizinhança.

Como me hospedei próximo ao Arco do Triunfo, ele foi o primeiro monumento que vi e fui em direção a ele e a Champs Elyssé, andei andei e andei e já achei tudo grandioso e lindo, e estava só começando...

Voltando pra casa e procurando um supermercado, distraidamente olhei para o lado e lá estava ela, linda e iluminada a Torre Eiffel. Não estava ouvindo Fix You do Coldplay (http://www.youtube.com/watch?v=pY9b6jgbNyc), mas foi como me senti.


E foi perfeito, completamente espontâneo e inesperado!

Os dias estavam frios mas mesmo assim caminhei muito por todos os lados, quase não peguei ônibus, metrô e taxi, me perdi diversas vezes e todos os lugares turísticos que pedia informação me davam mais um mapa.

Depois de tanto caminhar, meu pé direito que torci recentemente inchou e começou a doer bastante... Pra completar meu joelho esquerdo desenvolveu uma dor constante e irritante e comecei a ter dificuldades para subir e descer escadas. Pode parecer uma bobagem, mas não é porque alguns lugares só conseguimos visitar subindo escadas como o Arco do Triunfo (284 degraus) e a Sacre Coeur (234 degraus)...

Isto posto, só posso dizer que tomar remédio e dormir em euro é muito caro, então tomei um relaxante muscular e fui subir todos esses degraus!

Ao entrar no Louvre pela segunda vez reparei que estava tudo enfeitado com temas chineses e meio que sem querer descobri que hoje (31 de Janeiro) se comemora o Ano Novo Chinês e o último dia em que os franceses desejam Feliz Ano Novo uns aos outros e dai tinha um grande banquete em volta da pirâmide invertida e tudo muito "Chinês"!

E depois de mais algumas horas no Louvre, nunca parece o suficiente e tem sempre mais e mais, parti para Montmartre que é o bairro dos artistas da cidade.

Logo que cheguei ao metrô ouvi alguém tocando La Valse d' Amélie (http://www.youtube.com/watch?v=cTBfZsunFMc) e a saída levava a uma escadaria com as paredes pintadas como obras de arte, subi subi e subi e sai no Square Jehan-Rictus onde tem o Le Mur dês Je T'aime em 250 idiomas. Essa obra pública é um símbolo da união, do amor e da paz (http://www.lesjetaime.com/lemur.html)!


"Amar é uma desordem, então amamos!", alguém pichou em cima do muro.

Rumei para a Sacre Coeur, e meditei por algum tempo nessa igreja linda com uma vista espetacular sobre a cidade, e chegando nesse monumento um artista de rua tocando o tema de O Último Tango em Paris (http://www.youtube.com/watch?v=kyO_a1dYGx0), o que é uma ironia e tanto! Mas faz parte!

No último dia eu só pensava que não queria ir embora... Fiz o passeio de barco e descobri mais uma "mandinga" francesa, passar por debaixo da Pont Marie fechar os olhos e fazer um pedido que claro não pode contar pra ninguém. Essa não é a mesma ponte da "mandinga" de fechar o cadeado e jogar a chave no Rio Sena para fazer o amor durar, Pont dês Arts, a tradição desses casais apaixonados já lotou essa ponte e começou a se espalhar pelas outras e essa situação já virou até polêmica!  (http://www.conexaoparis.com.br/2013/09/25/os-lacos-do-amor-sem-fardo-nem-algemas/)

No final da tarde segui o conselho de vários amigos e fui assistir o pôr do sol na Torre Eiffel, apesar das enormes filas e do frio de 2 graus, valeu muito a pena! Nem preciso dizer que da pra ver a cidade toda né?! É linda, de dia, a tardinha e a noite! Foi muita sorte ter sol durante a tarde, pois a semana inteira choveu muito e estava sempre nublado.

Enfim... Paris é uma cidade linda, uma obra de arte da humanidade. Certeza que apesar de ter demorado tanto para mergulhar nessa aventura, voltarei, mas na primavera pois fiquei com gostinho de quero mais da cidade luz que também é a cidade das flores!

A bientôt!


sábado, 6 de outubro de 2012

O Eterno Retorno

Tempo, tempo, tempo, tempo...

Quando vejo já passou.

É como se a vida estivesse passando tão rápido que não consigo vivê-la. Que loucura, pois estamos vivendo a cada momento.

Fiz 29 anos, e como diz a música "E aos 29 com o retorno de Saturno, decidi começar a viver" e não apenas existir (29 - Legião Urbana).

Esse ano eu aprendi a ter medo de perder. A temer as perdas certas.

Existem algumas perdas que são irrecuperáveis, um pai, uma mãe, um filho, um irmão, e existem aquelas que superamos com a vida, um amigo, um amor, um emprego.

A vida é cheia de derrotas, quase que diárias, e as vitórias são nossos sorrisos acima de tudo isso. É difícil sorrir sempre, mas é importante tentar.

"Aprendi com a primavera: a deixar-me cortar e voltar sempre inteira." - Cecília Meireles

domingo, 8 de julho de 2012

E quem sabe?!


"Ninguém sabe
Quanto cabe insistir
E alguém sabe
O que cabe aceitar
Ninguém sabe
Quando admitir
E alguém sabe
O que cabe negar"
(Aqui Neste Lugar - Sérgio Britto e Tony Bellotto)

Se mudar a si mesmo fosse fácil, ninguém iria sofrer em processos de adaptação. O problema é que você conhece aquela história ne?! O mundo não para enquanto estamos nos recompondo. Não faço idéia de como conciliar várias mudanças e controlar os nervos!

Tem uma frase do Ghandi que diz assim "Seja a mudança que deseja ver no mundo", acho muito bonita, acontece que não é tão simples assim. Pegue um hábito que tem, tipo um vício de linguagem e tente não usar durante um dia inteiro. Dificilmente vai conseguir.

Junte a isso uma escolha que depois de tomada se arrependeu profundamente. Ok, viva a minha vida.

Não é fácil viver em constante adaptação, muito menos quando não estamos preparados para a situação em que nos metemos. Fato que na maior parte das situações difíceis que vivenciamos sofremos porque não estamos preparados, e nem ficaremos. Não estamos preparados para perder pais, filhos, irmãos e etc. Passamos por essas situações dolorosas e tentamos voltar a ver o pote de ouro no final do arco-íris.

Nossa, como é difícil ver colorido no que parece preto e branco! Tirar forças de não se sabe onde para recomeçar, refazer, recompor, reestruturar e se reinventar.

Lá no final do túnel, existe uma luz na mente que reluz na esperança que tudo seja como a metamorfose da lagarta até a borboleta: uma profunda mudança de forma e estrutura, mas que no fim parece bem melhor que o começo.