Free counter and web stats

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Silêncio.


Silêncio.
Acho que não podemos definir sentimentos com a palavra "silêncio". Pode ser considerado estado de espírito? Não sei. Só sei que na hora senti o silêncio, o vento vinha no rosto, alguns pingos d'água que batiam nos rochedos caíam sobre mim. Acho que era Deus ou algo assim, inundou minha alma.
lá de cima eu via a linha do infinito, tantos caminhos, tantas escolhas, tanto a ser vivido e aquela pergunta iminente e constante: Como você se sente?

Caminho.
Caminhar é um ato, é físico, mas pode ser considerado reflexivo. Quando se caminha as coisas se organizam na cabeça. Caminho constantemente, talvez depois de muitas caminhadas tudo se organize. Não adianta correr, o tempo não nos pertence.

Socorro.
Não estou sentindo nada. Não cai uma lágrima. Acho que o cérebro amortizou o sofrimento. Grito socorro, mas ninguém me ouve (ou talvez esteja gritando só dentro de mim).

Sentimento.
Se tivesse me familiarizado com vários sentimentos antes, não teria esse problema agora. A razão não explica o que sentimos, ela descreve, mas é insuficiente para alcançar o sentir. A razão tem as palavras, e as emoções tem os olhares.

Encruzilhada.
O problema das escolhas é que está implícito a perda, e nós mortais soberbos não gostamos de perder. Se a escolha implica apenas duas opções, sorte a sua. Quanto mais opções, mais confusos ficamos (afinal, mas perdas teremos). A vida nos proporciona escolhas a todo momento e apesar de muitos dizerem que não, sentimos um medo danado de fazer a escolha errada.

Grito.
Gritar é o ato de pôr para fora o som. Junto vai aquela carga de emoção contida. Teve uma época em que meus gritos se ouviam a alguns quarteirões, mas um dia me calei. Gritar consome o excesso de energia, se joga no universo tudo aquilo que não há como ficar contido. Acho que é por isso que os bebês gritam quando nascem, é o sopro de vida que estava contida no corpo da mãe.

Perdôo.
Costumava perdoar com frequência a todos. Como aprendi na Igreja "perdoai, eles não sabem o que dizem". Um dia uma pessoa especial me perguntou se tudo deve ser perdoado. Não soube responder. Então me questionou: Acha que os judeus devem perdoar os nazistas? E então eu entendi. Nem tudo pode ser perdoado, mas devemos acima de tudo nos perdoar primeiro.

Amo.
Amar é... não há definições. Amo e ponto.

Confesso.
Algumas vezes tenho a ligeira sensação de que a vida não é justa. Que só porque faço as coisas corretas tudo caminhará bem. Não sei se fiz as melhores escolhas, sei que sou o resultado delas e estou satisfeita aonde cheguei. Queria poder olhar para os lados e encontrar a solução, mas muitas vezes a solução não existe fica próximo de um eterno tentar. Errei muito, agora procuro acertar mais. O maior obstáculo é lidar bem com as situações ruins (com coisa boa todo mundo vive bem).

Nenhum comentário:

Postar um comentário