Free counter and web stats

sábado, 6 de outubro de 2012

O Eterno Retorno

Tempo, tempo, tempo, tempo...

Quando vejo já passou.

É como se a vida estivesse passando tão rápido que não consigo vivê-la. Que loucura, pois estamos vivendo a cada momento.

Fiz 29 anos, e como diz a música "E aos 29 com o retorno de Saturno, decidi começar a viver" e não apenas existir (29 - Legião Urbana).

Esse ano eu aprendi a ter medo de perder. A temer as perdas certas.

Existem algumas perdas que são irrecuperáveis, um pai, uma mãe, um filho, um irmão, e existem aquelas que superamos com a vida, um amigo, um amor, um emprego.

A vida é cheia de derrotas, quase que diárias, e as vitórias são nossos sorrisos acima de tudo isso. É difícil sorrir sempre, mas é importante tentar.

"Aprendi com a primavera: a deixar-me cortar e voltar sempre inteira." - Cecília Meireles

domingo, 8 de julho de 2012

E quem sabe?!


"Ninguém sabe
Quanto cabe insistir
E alguém sabe
O que cabe aceitar
Ninguém sabe
Quando admitir
E alguém sabe
O que cabe negar"
(Aqui Neste Lugar - Sérgio Britto e Tony Bellotto)

Se mudar a si mesmo fosse fácil, ninguém iria sofrer em processos de adaptação. O problema é que você conhece aquela história ne?! O mundo não para enquanto estamos nos recompondo. Não faço idéia de como conciliar várias mudanças e controlar os nervos!

Tem uma frase do Ghandi que diz assim "Seja a mudança que deseja ver no mundo", acho muito bonita, acontece que não é tão simples assim. Pegue um hábito que tem, tipo um vício de linguagem e tente não usar durante um dia inteiro. Dificilmente vai conseguir.

Junte a isso uma escolha que depois de tomada se arrependeu profundamente. Ok, viva a minha vida.

Não é fácil viver em constante adaptação, muito menos quando não estamos preparados para a situação em que nos metemos. Fato que na maior parte das situações difíceis que vivenciamos sofremos porque não estamos preparados, e nem ficaremos. Não estamos preparados para perder pais, filhos, irmãos e etc. Passamos por essas situações dolorosas e tentamos voltar a ver o pote de ouro no final do arco-íris.

Nossa, como é difícil ver colorido no que parece preto e branco! Tirar forças de não se sabe onde para recomeçar, refazer, recompor, reestruturar e se reinventar.

Lá no final do túnel, existe uma luz na mente que reluz na esperança que tudo seja como a metamorfose da lagarta até a borboleta: uma profunda mudança de forma e estrutura, mas que no fim parece bem melhor que o começo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Dom de Iludir



"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é" (Caetano Veloso - Dom de Iludir)

E não é?!
A maturidade traz essa malícia de conhecer seus defeitos e suas qualidades e não espernear como uma criança ou se complexar como uma adolescente, com uma certa idade aprendemos a pedir força para transformar o que podemos e resignação para aceitar o que não podemos mudar.

segunda-feira, 26 de março de 2012

A Iminência do Adeus

Porque quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei
Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez
Uma vez
(Medo da Chuva - Raul Seixas)


Estava ouvindo essa música e vários pensamentos invadiram minha mente. Quando eu casei veio escrito no meu convite "Vocês nos verão pela última vez solteiros, pela primeira vez casados e felizes para sempre." e depois eu (e todo mundo que já casou) jurou amar, perdoar até que a morte nos separe.

Acho que deve ser por conta desse juramento que absorvemos o "para sempre". Porque claro que ele vem de muuuuuuito antes das histórias da Disney! Elas só fizeram o papel de disseminar e fixar a idéia na cabeça de várias gerações.

"Todo relacionamento contém em si mesmo a futura separação" (Alan Pouls), li numa reportagem e sim, é verdade, mesmo que a separação seja pela morte, mas está implícito até porquê tudo que começa tem um fim. 

Mas daí que isso não quer dizer que o amor acabe ou vire desamor, podemos realocar as emoções em outras categorias. Não acredito que as pessoas gostem de colecionar desafetos, mas de fato por mais que amamos, algumas pessoas devem ser retiradas do nosso cotidiano, então não deixamos de amar... Apenas escondemos na gaveta "memórias, histórias e declarações de amor".

Lenine numa entrevista disse que ele não desamava, mas sim que transmutava o amor. Amor de marido virava amor de amigo. Super concordo, também não sei desamar apenas realoco nas minhas "gavetas mentais".

Confesso que ligar o rádio e ouvir tantas músicas de corações partidos me acalenta, significa que eu não sou a única (rs*) e que passa (como tudo na vida) e parafraseando a Alcione "De Amor eu não morro, o que eu posso é chorar de Saudade".

O final é apenas um estágio para o próximo começo, e como tudo é cíclico os momentos nublados deixam os arco-iris da vida muito mais saborosos.

"Why we buy? (..) Because until last it's fucking great!"

domingo, 11 de março de 2012

Purple Violets



No Brasil o filme foi lançado como "Segunda chance para o amor" (2007), com Edward Burns, Selma Blair, Patrick Wilson e Debra Messing. A fotografia do filme e a trilha sonora são ótimas, já valem pelos 107 min de filme.

Uma comédia romântica como muitas outras com final feliz, mas eu adoro finais felizes então super curti o filme. É cheio de encontros e desencontros do casal formado pelo Edward Burns e a Selma Blair que se encontram por acaso depois de muitos anos separados porque os personagens de Patrick Wilson e Debra Messing estão passando por uma crise no relacionamento. Eis que o momento é oportuno para o reencontro, e o telespectador pode contar com diálogos inteligentes e divertidos.


Dizer que é uma comédia seria forçar um pouco, mas é leve e agradável. Fica no ar a pergunta: Será que devemos dar uma segunda chance para o primeiro amor?

Tenho andado meio pessimista e não creio que algo que não deu certo uma vez pode vir a funcionar em outro momento. Mas (muitos de) nós adoramos reatar depois de muitos anos para testar se realmente "não era pra ser", na esperança de que com o tempo nossas diferenças tenham diminuído. 

De qualquer forma, para os românticos e otimistas de plantão tenho certeza que vão gostar muito do filme, tem um "quê" de poesia que paira durante vários momentos...  Afinal, todos temos um amor mal resolvido guardado na gaveta da memória.


"Hoje encontrei um venho amigo."

terça-feira, 6 de março de 2012

Nothing is like butter

E eu só queria ter alguém para passar a manteiga no meu pão. É isso mesmo, pode parecer bobagem, mas não é (pelo menos pra mim). Sonhei com isso a vida inteira, um cara legal que enquanto eu estivesse fazendo minhas abluções ele faça o café e passe manteiga nos pães asse levemente e sente para conversar e começar bem o dia. Não, eu não casei com um cara que fazia isso, mas como já dizia Renato Russo "E quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração"?!

Por isso fechei pra balanço.

Não, isso não é um ato revoltado. A gente tem mania de se revoltar por coisas idiotas (a gente = eu e minhas partes).

Ontem fui caminhar, porque afinal preciso queimar as milhões de calorias que consumo por falta de amor, e acompanhei o pôr do sol. Tenho que dar o braço a torcer, o céu da planície é realmente lindo. Haviam uns tons de vermelho com lilás e nuvens dançantes que tive vontade de sentar e pedir uma cerveja para acompanhar o espetáculo.

Essas são as melhores coisas da vida, esses momentos de paz profunda que o Universo nos proporciona.

Hoje eu mesma passei a manteiga no meu pão, fiz pra mim e pro papai. Acho que é por ai que a coisa anda, precisamos primeiro aprender a fazer pros outros quem sabe um dia alguém fará por nós também, mas não serei eu que vou esperar por esse dia.

E claro, ninguém é auto suficiente, por mais que queira ou aparente, não é à toa que vivemos bem em sociedade, crescemos e aprimoramos no mundo social, então talvez a idéia não seja essa. Talvez a idéia seja "amarmos uns aos outros incondicionalmente", quem ama cuida, logo todos nós deveríamos cuidar do próximo (não no sentido de fofoca ou sincericídio - vou escrever um post ainda sobre isso).

O mundo anda tão complicado... E eu só queria alguém que passasse a manteiga no pão.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Até o Fim*

"Quando eu nasci veio um anjo safado
O chato "dum" querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim" (Até o Fim - Chico Buarque)

Ah os obstáculos! O que seria da vida sem eles?! Haveria graça?!
Acho que acordei muito otimista hoje... rs*

Olhei para toda essa situação ridícula e ri, é isso mesmo, ri. Por que? Simples, nós seres humanos fazemos coisas idiotas porque somos humanos, demasiadamente humanos.

Quando eu era adolescente, mamãe me deu um livro chamado "Não Faça Tempestade em Copo D'água", claro que eu li tudo e grifei os pontos importantes de cada tópico, afinal eu devia estar fazendo alguma coisa de errado pra minha mãe de dar esse livro. Quando amadureci mais um pouco, percebi que mamãe tinha me dado o "segredo" do cotidiano feliz. São muuuuuuuuitas dicas de como não perder a compostura por coisas pequenas. Querido (a) se você parar e observar é incrível como tem gente que emburra por qualquer coisa! Juro! Tem gente que briga por um alfinete no chão, pela louça fora do lugar, pelo controle remoto, pelo copo em cima da madeira (e etc etc etc)!

Existem pessoas que procuram problema em tudo e o tempo todo, eu costumo chamá-los de garoto (a) enchaqueca. Fico entendiada perto de pessoas assim. Gente, ver problema é muito fácil eu quero ver é você achar solução! Isso é que é difícil.

Claro que tem aquele pessoal que cultiva a grande arte de reclamar. Esses eu considero um caso a parte. Sim, são muito criativos. Reclamam de coisas que requer teria passado pela sua cabeça, ou seja, devemos dar o braço a torcer pela criatividade e inovação desses sujeitos.

Mas tem gente que deixa de aproveitar os momentos porque se prende no que não deu certo. Imprevisto é uma palavra que pode destruir a paz de alguns. O que considero muito estranho. Tudo bem que dizer que amo imprevistos seria um pouco de saudosismo, mas posso dizer que convivo bem com eles.

Acredito em destino, mas acredito que o destino seja passar por determinadas situações para aprendermos algumas coisas, como lidamos e escolhemos sair dessas situações são escolhas, decisões (livre arbítrio). Nada é tão certo que não possa mudar (somente a morte e, acho eu, por enquanto).


Sabe que as vezes eu fico pensando e chego a conclusão que a maturidade é uma benção...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sobre o tudo e o nada

Li uma crônica da Mariza Orth esse mês na Revista Lola, falava sobre como é difícil dar um ultimato a quem se ama. No texto Mariza dizia que sendo uma libriana, é difícil colocar um ponto final sem titubear nem voltar atrás e que ela admirava pessoas assim.

Eu também admiro pessoas que tomam decisões, provavelmente porque durante muito tempo posterguei para tomar as decisões da minha vida. A gente tem a tendência de admirar nos outros aquelas qualidades que ainda não desenvolvemos.

Acho que o problema de ser inflexível é que deixamos de ser felizes em muitas situações. Tem gente que toma decisão fazendo "charminho" pensando que ao fingir que vai embora conseguirá valorizar a sua presença. Não acredito nisso. É esse jargão que tanta gente usa "Tem gente que só dá valor depois que perde". Bobagem, quem gosta dá valor, junto ou separado. Quem não gosta dá desculpa, junto ou separado.

Valorizar alguém não é vinculado a posse. Seja no emprego ou na vida particular nós valorizamos quem nos faz bem, de quem gostamos, valorizamos cada segundo com essas pessoas. É como pai e mãe. Não preciso perder os meus para saber que os amo intensamente. Tenho medo de perdê-los e por isso gosto de programar muitas atividades com eles.

Meu trabalho faz com que passe a maior parte do tempo sozinha e quando tenho a oportunidade de estar perto de quem amo, eu largo tudo e vou. Depois de tantos erros, tantos tropeços, o que vale é saber valorizar cada momento como se fosse o último. Não naquele sentido de não pensar no amanhã. Pelo contrário, devemos pensar no amanhã e cultivar nossos afetos para que eles permaneçam.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Silêncio.


Silêncio.
Acho que não podemos definir sentimentos com a palavra "silêncio". Pode ser considerado estado de espírito? Não sei. Só sei que na hora senti o silêncio, o vento vinha no rosto, alguns pingos d'água que batiam nos rochedos caíam sobre mim. Acho que era Deus ou algo assim, inundou minha alma.
lá de cima eu via a linha do infinito, tantos caminhos, tantas escolhas, tanto a ser vivido e aquela pergunta iminente e constante: Como você se sente?

Caminho.
Caminhar é um ato, é físico, mas pode ser considerado reflexivo. Quando se caminha as coisas se organizam na cabeça. Caminho constantemente, talvez depois de muitas caminhadas tudo se organize. Não adianta correr, o tempo não nos pertence.

Socorro.
Não estou sentindo nada. Não cai uma lágrima. Acho que o cérebro amortizou o sofrimento. Grito socorro, mas ninguém me ouve (ou talvez esteja gritando só dentro de mim).

Sentimento.
Se tivesse me familiarizado com vários sentimentos antes, não teria esse problema agora. A razão não explica o que sentimos, ela descreve, mas é insuficiente para alcançar o sentir. A razão tem as palavras, e as emoções tem os olhares.

Encruzilhada.
O problema das escolhas é que está implícito a perda, e nós mortais soberbos não gostamos de perder. Se a escolha implica apenas duas opções, sorte a sua. Quanto mais opções, mais confusos ficamos (afinal, mas perdas teremos). A vida nos proporciona escolhas a todo momento e apesar de muitos dizerem que não, sentimos um medo danado de fazer a escolha errada.

Grito.
Gritar é o ato de pôr para fora o som. Junto vai aquela carga de emoção contida. Teve uma época em que meus gritos se ouviam a alguns quarteirões, mas um dia me calei. Gritar consome o excesso de energia, se joga no universo tudo aquilo que não há como ficar contido. Acho que é por isso que os bebês gritam quando nascem, é o sopro de vida que estava contida no corpo da mãe.

Perdôo.
Costumava perdoar com frequência a todos. Como aprendi na Igreja "perdoai, eles não sabem o que dizem". Um dia uma pessoa especial me perguntou se tudo deve ser perdoado. Não soube responder. Então me questionou: Acha que os judeus devem perdoar os nazistas? E então eu entendi. Nem tudo pode ser perdoado, mas devemos acima de tudo nos perdoar primeiro.

Amo.
Amar é... não há definições. Amo e ponto.

Confesso.
Algumas vezes tenho a ligeira sensação de que a vida não é justa. Que só porque faço as coisas corretas tudo caminhará bem. Não sei se fiz as melhores escolhas, sei que sou o resultado delas e estou satisfeita aonde cheguei. Queria poder olhar para os lados e encontrar a solução, mas muitas vezes a solução não existe fica próximo de um eterno tentar. Errei muito, agora procuro acertar mais. O maior obstáculo é lidar bem com as situações ruins (com coisa boa todo mundo vive bem).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cities of Love


Pois é, você sabia que há um projeto cinematográfico idealizado por Emmanuel Benbihy que reune vários diretores e atores de estilos diferentes filmando curtas-metragem onde o pano de fundo são grandes metrópoles que recebem pessoas de todos os lugares e são conhecidas por isso, as chamadas "Cidades do Mundo"?!

Até o momento foram lançados "Paris, Je T'aime" e "New York, I Love You", há boatos que os próximos sejam rodados no Rio, Shangai e Jerusalem. O elenco, a trilha sonora e, claro, a fotografia dos filmes é memorável. Vamos aos filmes!

"Paris, Je T'aime" - Lançado em 2006

São 21 curtas de 5 minutos cada, todos são histórias de amor que se passam em Paris, o site do Adoro Cinema deu 3 estrelas para ele, mas eu dou 5 estrelas. Não é muito fácil de encontrar nas locadoras do interior, mas a Blockbuster tem.
Quando assisti despertou vários sentimentos, em algumas histórias eu ri, outras chorei, mas o importante é lembrar que os curtas conseguem despertar no telespectador alguma emoção, afinal quem não quer se emocionar na cidade considerada a mais romântica do mundo?!

 

"New York, I Love You" - Lançado em 2009

Nesse aqui são onze curtas de 10 minutos cada, várias histórias de encontros e desencontros amorosos na cidade de Nova York. Fácil de achar e está sempre passando na SKY.
O elenco deste é bem mais famoso que o anterior.
Confesso que me fez mais rir do que chorar, as histórias tem um toque de humor e surpresas, abordam a divercidade que é uma das marcas da cidade americana. 


Recomendo os dois filmes para o mesmo final de semana, 5 estrelas para cada. E aguardamos as "sequências"!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sua história numa caixa de papelão

Então um dia voltei pra casa antes do tempo na esperança de dormir no meu quarto pela última vez. Quando cheguei a casa era um amontoado de caixas e claro, meu quarto não foi poupado. Se você trabalha viajando algumas coisas ganham um novo sentido, a cama e o quarto da gente passam a ser o "refúgio do mundo", o lugar mais limpo e confortável que encontramos depois de muitas camas de hotéis frios e desconfortáveis (pode ser o melhor hotel, nenhum é tão bom quanto sua casa)!

Se você já mudou sabe exatamente do que estou falando. Perdi a conta de quantas vezes já  mudei, mas existe um sentimento que não difere: Seu mundo, de repente, cabe em muitas caixas de papelão não identificadas e você perde por completo a referência do que um dia chamou lar (período de adaptação).

Anda pela casa que está prestes a deixar e procura uma coisa simples como um chinelo, não acha. Vai a cozinha e tenta encontrar um copo, não acha. Resta a TV a cabo que ainda não foi transferida e beber um vinho no gargalo já que o "glamour" vai ficar para um outro dia.

Durante a mudança, que é sempre um dia fatídico, você reza pra não chover e para não fazer um sol de rachar (o que muitas vezes não acontece) o ideal é o dia nublado. Depois reza para que todos os moveis cheguem inteiros, eu tive uma escrivaninha que resistiu 4 mudanças mas não resistiu a 5°... Essas coisas acontecem e temos que lidar com elas.

Chegou a nova casa, o pessoal que trouxe as caixas e móveis foi embora e agora resta arrumar, arrumar e arrumar. Passou-se várias horas e ainda falta muito para arrumar, arrumar e arrumar. Algumas vezes você descobre que tem coisas demais.

Depois de um dia de preparação, um dia da mudança em si e um dia de arrumação da mudança, você não é ninguém! Sente um cansaço anormal, uma sonolência digna de pós-estresse e um alívio de que você sobreviveu ao caos!

Aos poucos se acostuma com os novos vizinhos, com as novas portas e janelas, com as novas posições de cama e armários, e com o tempo vem o velho sentimento de que você tem um lar.



Caso algum de vocês esteja para mudar, vou deixar algumas dicas:
1- Assim que puder, limpe a casa nova e faça os concertos necessários. Furar as paredes para os quadros e etc também é útil fazer antes. Isso evita poeira;
2- Como nem sempre podemos encaixotar tudo num dia e nem pedir folga para isso, aconselho a separar 1h do seu dia para encaixotar livros, copos e utensilhos menos utilizados (é bom identificar as caixas tipo "cozinha" ou "livros"). Deixe para a última hora apenas o que é imprescindível no dia-a-dia;
3- Aproveite que está olhando tudo que tem e jogue o que não usa fora, dê de presente ou venda. Mudança é um momento ótimo para se desfazer de coisas que  deixaram de ser úteis;
4- Geladeira e Ar Condicionado precisam de um tempo depois da chegada para poder ligar;
5- Peça a alteração de endereço do telefone, tv a cabo e internet uma semana antes da mudança. Quando você chegar na casa nova vai querer que estejam funcionando;
6- Coisas pessoais e de muito valor leve no seu carro (se possível) e não no caminhão da mudança. Podem desaparecer e algumas coisas nenhum de nós está disposto a perder durante a mudança;
7- Logo que chegar na casa nova, arrume primeiro seu quarto (você vai querer descansar), banheiro (necessidades básicas) e cozinha (todo mundo precisa comer em algum momento);
8- Relaxa, quanto mais estressado fica por conta da mudança, mais traumática ela é. Procure ficar calmo pois tudo se ajeita com o tempo.

Obs.: Podia existir uma empresa que fizesse a mudança inteira para nós. Passaríamos um final de semana no SPA e quando voltássemos pra casa tudo estaria limpo, arrumado e pronto para ser habitado!
 #sonhandoacordada #ficaadica

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

"A felicidade é um cobertor quente, Charlie Brown"


Esse é o título do filme de Charlie Brown e sua turma lançado em 2011. Linus está sendo precionado por Lucy para se livrar de seu cobertor, ele chega a conclusão que o cobertor realmente é um vício, uma mania ou algo qualquer que ele não consegue viver sem. O cobertor representa para ele o acalanto para suportar o mundo, a maioria de nós possui algum e quem não tem olha o mundo por uma janela mais cruel.

Qual é o seu "cobertor"? O que você usa como "válvula de escape"?

Algumas pessoas encontram conforto na música (como o Schroeder), outras em perturbar a vida alheia (como a Lucy) e algumas pessoas roem unhas e comem chocolates. 

Tinha uma brincadeira que eu fazia com um amigo meu. Vez por outra ele ficava muito desesperado ou ansioso e comia muito, dai eu falava "Comida não é amor!". Pois é... O que procuramos em cobertores ou em tantas outras coisas é o conforto, o apoio, o colo com cafuné, o ombro amigo, o amor (no sentido mais amplo) ou qualquer coisa que nos ajude a suportar os problemas cotidianos, as perdas e os fracassos.

Se a vida não é tão fácil, por que precisamos complicar ainda mais? Será que sentimos falta de complexidade?! A felicidade deve estar em procurar beleza na simplicidade das pequenas coisas do cotidiano, pois é do dia a dia que fazemos nossas vidas.

Gosto muitos dos Peanuts do Charles Schulz, seus personagens são encantadores e os diálogos sempre nos suscitam algum tipo de reflexão com toques de humor. As definições e explicações de tantas coisas que complicamos pela vida é sempre definida de maneira simples e , de certa forma, inocente como os olhos de uma criança.

Primeiro post de 2012, sim... um pouco mais pensativa que o normal, acho que estou definindo qual será o "cobertor quente" da minha vida daqui por diante. As transições são confusas e as escolhas iminentes, se houvesse uma maneira de saber os resultados das escolhas para que não ficassemos com aquele "e se..." martelando na mente, a vida seria bem mais fácil, mas talvez a graça esteja exatamente ai... na surpresa. O importante é que uma calma se instalou em mim, uma certeza que "vai ficar tudo bem não importa o que aconteça".