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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sobre o tudo e o nada

Li uma crônica da Mariza Orth esse mês na Revista Lola, falava sobre como é difícil dar um ultimato a quem se ama. No texto Mariza dizia que sendo uma libriana, é difícil colocar um ponto final sem titubear nem voltar atrás e que ela admirava pessoas assim.

Eu também admiro pessoas que tomam decisões, provavelmente porque durante muito tempo posterguei para tomar as decisões da minha vida. A gente tem a tendência de admirar nos outros aquelas qualidades que ainda não desenvolvemos.

Acho que o problema de ser inflexível é que deixamos de ser felizes em muitas situações. Tem gente que toma decisão fazendo "charminho" pensando que ao fingir que vai embora conseguirá valorizar a sua presença. Não acredito nisso. É esse jargão que tanta gente usa "Tem gente que só dá valor depois que perde". Bobagem, quem gosta dá valor, junto ou separado. Quem não gosta dá desculpa, junto ou separado.

Valorizar alguém não é vinculado a posse. Seja no emprego ou na vida particular nós valorizamos quem nos faz bem, de quem gostamos, valorizamos cada segundo com essas pessoas. É como pai e mãe. Não preciso perder os meus para saber que os amo intensamente. Tenho medo de perdê-los e por isso gosto de programar muitas atividades com eles.

Meu trabalho faz com que passe a maior parte do tempo sozinha e quando tenho a oportunidade de estar perto de quem amo, eu largo tudo e vou. Depois de tantos erros, tantos tropeços, o que vale é saber valorizar cada momento como se fosse o último. Não naquele sentido de não pensar no amanhã. Pelo contrário, devemos pensar no amanhã e cultivar nossos afetos para que eles permaneçam.

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