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segunda-feira, 30 de maio de 2011

domingo, 29 de maio de 2011

Só pode ser açúcar!



Sabe aquelas situações que quando alguém te conta parece cena de filme? Pois é, passei por uma dessas na semana passada.

Quem me conhece sabe que eu a-d-o-r-o acordar cedo (not), e lá fui eu pela manhã, depois de correr muito com todas as coisas necessárias para acordar (receita mágica: banho + 2 xícaras de café-com-leite) peguei o carro e cai naquele engarrafamento maravilhoso que todos nós enfrentamos ao nos deslocar. Ia tudo indo bem quando de repente "pack", porrei na traseira de um carro. Como se não bastasse perder a hora, eu ia perder dinheiro também.

Descemos os dois do carro e pela graça divina o sujeito da frente não era um neurótico/nervoso/irritado e começamos a conversar enquanto aguardávamos a polícia e o carro do seguro. Conversa vai, conversa vem, o carro dele tinha um mês de uso... Nossa, nunca fiquei tão sem graça! Duas horas depois chega o policial, faz a ocorrência, seguro acionado e tudo resolvido. Trocamos cartões de visita e a vida seguiu.
Sabia que existia gente estranha no mundo, mas nem tanto: quando loguei meu notebook, lá estava um e-mail me agradecendo por ter batido no carro do sujeito. Pensei: ele não bate bem!
Educadamente pedi desculpas de novo e continuei meu dia frenético. Telefone toca, o sujeito me chamando para jantar. Nada melhor para fazer, muita culpa por ter batido na traseira da pessoa com carro zero e lá fui eu jantar fora.

Fomos a um lugar super bonitinho em Nova Friburgo (http://www.braunbraun.com.br/), bebemos um vinho bom e mais conversas, eis que deu minha hora e vamos embora porque no dia seguinte o dia seria mais corrido ainda.

Cheguei ao hotel e quando abri a porta do quarto lá estava: uma orquídea linda! E quem me conhece sabe que eu amo orquídeas... É... Situação inusitada.

“Eu era neném, não tinha talco, mamãe passou açúcar em mim”

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Podia Ser Pior

Sabe aquele lance do "dedo podre" (basicamente é escolher o mesmo padrão de pessoas que geralmente não te fazem bem)? Pois é, eu tenho esse problema, mas quem não tem?!
Tenho amigas que conseguem encontrar um maconheiro numa multidão, outras que sempre se interessam pelos mulherengos de plantão, outras que cismam com os comprometidos, eu me apaixono por NERDS! Ria, estou vendo você gargalhando do outro lado. Mas poderia ser pior, eu poderia adorar os EMOS (#not)!!!

Acredito que o sujeito ai do outro lado saiba o que é um Nerd, mas de qualquer forma, vou definir aqui como um estereótipo para qualificar pessoas com inteligência acima da média, que em geral não obedecem a padrões físicos e intelectuais da sociedade, que gostam muito de tecnologia, ciência e informática. Costumam pertencer a um grupo bem fechado, composto por outros Nerds e também é comum que não saibam se relacionar, pois em geral a vida amorosa dessas pessoas não é lá grande coisa. Sorte a minha? Não! Azar o meu.

Ainda não visualizou bem o que é um Nerd? Assista um seriado chamado "The Big Bang Theory" e você vai entender perfeitamente como funciona o mundo dessas pessoas.

Definido o tipinho de interesse, agora nos resta investir na tentativa de mudar os padrões de relacionamento. Parece fácil mas nem é. Tentei outra categoria, mas acho que escolhi um oposto por birra até, a categoria popular/playboy. Adivinha o assunto que tive com o carinha? Nada! O máximo que consegui foi ouvir que eu gostar de música clássica e ópera era um grave e entediante defeito. Ok ok, mas que fique claro que nem todos os playboys são fúteis, tem uns que são bem inteligentes, mas seus hábitos e trejeitos são muito estranhos.

Acho que vou tentar os naturalistas, sabe aquela tribo que adora praia, cachoeira, fazer trilha, são super saudáveis e detestam tecnologia, é mais oposto do que os playboys! Isso é uma busca desesperada por não-nerds. Não gente, eu não detesto os nerds, eu gosto muito deles, mas é que eu não sou o tipo de garota pelo qual essa categoria se interessa. Daí vou ficar sofrendo eternamente por guris que preferem o computador a beijar na boca?! Não é justo!


































*Em homenagem ao dia do orgulho NERD, dia 25 de maio.

domingo, 22 de maio de 2011

Amor à Distância

Dai que essa semana estava pensando sobre a banalização da saudade.

Dizem que saudade é uma palavra que só existe no galego e na língua portuguesa. Que por definição é um sentimento de nostalgia diante de algo ou alguém. E apesar de ser um pouco complicado de explicar o que é o sentimento de saudade, todos nós usamos a palavra com frequência, é bem comum em letras de músicas e poesias, afinal quem ama sente saudade, certo? Não sei não. Penso que saudade é meio melancólico, você lembra aquele momento lindo, com aquelas pessoas maravilhosas e... sente saudade. Mas tem consciência que nunca mais vai passar por aquele momento novamente, então ele fica guardado com carinho na memória e você sente saudade.

Mas sabe o que eu penso ser mais significativo que saudade? O “Eu sinto sua falta” (esse existe em todas as línguas)! Sentir falta é uma sensação de vazio, de algo que é mais profundo que a saudade, não é apenas uma lembrança nostálgica, é o sentimento de necessidade de voltar a fazer algo, ver alguém, sentir determinada coisa. Sinto sua falta é praticamente uma declaração de amor. Significa que a sua ausência deixou um vazio que não foi e nem será preenchido porque você é única(o) e insubstituível.

Por isso que estava falando da banalização da saudade. Todo mundo diz que sente saudade o tempo todo de tudo! Dai eu penso cá comigo: Sentir saudade é fácil, quero ver sentir falta.
Para completar meu mau humor com isso, assisti “Amor à Distância”, comédia romântica bem água com açúcar, humor moderado, mas que conta a história de um casal que se conhece num encontro casual e começam a conversar passam a noite juntos e continuam a se ver com frequência e depois de um mês a personagem da Drew Berrymore muda para o lado oposto do mapa. E pensei: namoros à distância são ótimos exemplos do que é sentir falta!

Você já namorou à distância? Mas digo, distância mesmo, mais que 360km? Eu já. Ele em Curitiba eu no Rio. Durou nove meses, e gastou muito do nosso dinheiro com passagens e telefonemas e todo aquele desgaste emocional e físico apenas para estarmos juntos e por que? Porque não bastava sentir saudade, sentíamos falta. Quando virou saudade, acabou.

Poderia dizer aqui que namoros assim não valem a pena, mas nem acredito nisso. Quando queremos que dê certo a gente faz acontecer, viaja muitos quilômetros, gasta bastante de telefone e a distância que separa fisicamente não necessariamente faz com que se expanda ao sentimento. O que acontece é que longas distancias nos cansam e todo namoro desgasta com o tempo, dai a probabilidade de não dar certo aumenta. Mas distâncias dentro dos 360 km considero bem saudável.


“- Posso te perguntar uma coisa?
- Sim.
- Sinto sua falta.
- Isso não é uma pergunta.
- É sim...”

domingo, 15 de maio de 2011

"Não era pra ser!"


Eis que ontem, na última hora, resolvemos ir ao teatro! Adoro ir ao teatro e infelizmente moro numa cidade meio pobre nesse sentido... Mas o fato é que fui assistir "Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou!" com a Monica Martelli (aquela da Rede Globo). Nem estava esperando muito da peça, pois tenho um pouco de receio em criar expectativas, me surpreendi e ri muuuuuito com tudo! A interpretação é ótima e carismática, o texto é bem escrito e engraçado, satirizando essa coisa estranha que as mulheres tem de querer achar "O Cara", "o amor da vida", o cara para casar e ter filhos e viver feliz para sempre, essa ansiedade que a maioria sente em casar para não ficar encalhada, em não ficar sozinha por carência ou por medo da solidão.


http://www.monicamartelli.com.br/home.html

Um pequeno trecho para vocês.


E enquanto ela não acha o certo, vai se divertindo com os errados, ups... essa é a frase dos homens solteiros, para as mulheres é assim: enquanto eu não acho o certo, vou sofrendo pelos errados. Pode rir, mas é exatamente assim! Parece um karma, como diz mamãe! E a frase mais dita por todas as mulheres quando tudo dá errado é "Não era pra ser", como se isso a consolasse de que o destino guardou alguém especial. O destino... ai ai esse sujeito brincalhão! Um fanfarrão de primeira categoria com o coração de todas as mulheres apaixonadas desse mundão da gente!

Mas de boa, recomendo que se você não estiver fazendo nada numa sexta ou sábado à noite e tenha uns trocados no bolso, vá ao teatro assistir a Monica Martelli, se você for homem, eu imploro que você vá! Os homens não fazem idéia do que é para uma mulher um torpedo não retornado, uma ligação não atendida, um e-mail não mandado. A impressão que eu tenho é que os homens são muito desligados dessa coisa "amor" e as mulheres meio que "vivem em função disso", mas é bom ver por outro ângulo e perceber o que o outro pensa a respeito de nossas atitudes.

Meninas! Vocês não precisam se preocupar, mesmo que você fique encalhada, sozinha e algumas vezes carente e mal amada, sempre terá uma amiga "do bem" para te acompanhar e contar histórias engraçadas dos muitos "guris" que passam pelas nossas vidas, histórias quase vividas, histórias interrompidas, ou como diz uma amiga "sentimentos em potencial" (amei isso!) que são esses caras que na verdade tem tudo a ver com a gente, mas que o destino (ou muitas das vezes nós mesmas nessa ansiedade de fazer dar certo) afasta de nossas vidas.

Como diz meu querido Caio Fernando Abreu "Não é de repente, é aos pouquinhos que as coisas acontecem", por isso a ansiedade e o nervosismo em vivenciar "o grande amor" com "o cara" de nossas vidas é apenas um jeito de deixarmos de vivenciar outras tantas coisas que a vida tem a nos oferecer. Sou até bem tranquila nesse ponto, eu já tive e já perdi o amor da minha vida, mas o fato é que a gente quer sempre estar apaixonada por alguém, ter em quem pensar e suspirar e sonhar, por isso que eu opto pelo amor platônico, ele é super útil! rsrs







Relaxa, tudo tem o tempo certo de acontecer! Tem coisa que  "não era pra ser"!

sábado, 14 de maio de 2011

O Não Dito

Memória

Amar o perdido

deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido

contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis

tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas

muito mais que lindas,
essas ficarão. 
Carlos Drummond de Andrade


Drummond Drummond...

Queria conseguir traduzir em palavras tudo o que sinto, queria conseguir falar quando encontro as palavras, mas não encontro e não consigo falar. Talvez seja porque quando abro a boca e o som começa a sair, vem junto uma avalanche de emoções que capturam minha voz, e no final ficam apenas os soluços embrulhados com lágrimas. Por isso eu escrevo, assim as lágrimas escorrem mas não me calam. Mas a palavra escrita perde um pouco da emoção, quando falamos nosso gestual e intonação ajudam a passar ao interlocutor tudo o que deve ser agregado as palavras. Outra coisa que me mata são os olhos. O contato visual me deixa mais vulnerável as minhas emoções e ao outro, assim pela escrita você me lê, mas não enxerga minha alma.

Mas cada um com seu cada um, não é?! Somos todos diferentes e percebemos o mundo de maneiras tão diversas.

As vezes parece que eu perdi o chão, mas lembro das coisas boas que me trouxeram tantos momentos felizes, e lembro das ruins também que me fizeram mais forte. E somos assim, um esboço de um quadro não terminado, um rascunho definitivo, pois não podemos refazer nossos passos.


" Fiquei triste. Num momento você estava aqui, no outro já não estava. Igual a um bicho de estimação que morre de repente e somem com o corpo.
Para onde foi tudo aquilo? Que tínhamos tão seguro. Tão certos de sua eternidade. Para onde foi, hein? Meu peito, depósito subitamente esvaziado, aperta-se no meio de tanto espaço.Tento identificar o instante, quando o que tínhamos se perdeu. Mas nem sei se o perdemos juntos ou se juntos já não estávamos. Me desespera saber que um amor, um dia desses tão grande, possa ter desaparecido com tanta facilidade.
Como já disse, estou triste; e isso me faz acreditar no poder das cartas. Não falo de tarô, mas destas, escritas e mandadas ou não mandadas. Cheias de questões e metáforas, que assim, misturadas cuidadosamente, num cafona português polido, soam mais sensatas.
Qual poder espero desta carta? Simples: que deixe registrado este meu estranho momento. Quando o que devia ser alívio revela-se angústia. E a cabeça não pára, vasculhando cantos vazios.Não gosto de perder as minhas coisas, você sabe. E hoje, cercada pela sua ausência, procuro o que procurar. Experimentando o desânimo da busca desiludida. Pois, se um amor como aquele acaba dessa maneira, vale a pena encontrar um outro? Será inteligente apostar tanto de novo?Aposto que você está pouco se lixando para isso tudo. Que seguiu sua vida tranqüilamente, como se nada de tão importante tivesse ocorrido. E está até achando graça desta minha carta, julgando-a patética e ridícula. Você, redundante como sempre.
Só há uma coisa certa a respeito disso: não desejo resposta sua. É, esta é uma daquelas cartas que não são para ser respondidas. Apenas lidas, relidas, depois picadas em pedacinhos. Sendo esse o destino mais nobre para as emoções abandonadas.
Queria apenas pedir um favor antes que você rasgue este resto do que tivemos. Se algum dia, tendo bebido demais, sei lá, você acabar pensando tolices parecidas com estas, escreva também uma carta. Mesmo sem jamais saber o que você irá dizer, sei que ela fará de mim menos ridícula. Neste amor e, por isso, em todo o resto. Pois adoraria que você fosse capaz de tanto - escrever uma carta é um ato de desmedida coragem. E eu ficaria, enfim, feliz comigo, por tê-lo amado.
Um homem assim, capaz de escrever bobagens amorosas.Então é isso - como sou insuportavelmente romântica, meu Deus. Termino aqui essa história, de minha parte, contando que estas palavras façam jus ao fim do amor que senti. E deixando este testamento de dor, onde me reconheço fraca e irremediável. Porque ainda gostaria de poder acreditar que você nadaria de volta para mim."
Fernanda Young

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Compartilhando

Aprendi a acreditar que existe no universo algo que eu chamo “A Física da Procura” – uma força natural governada por leis tão reais quanto a lei da gravidade ou do momento. E a regra da Física da Procura deve ser alguma coisa como “se você for corajoso o suficiente para deixar para trás tudo que lhe é familiar e reconfortante (que pode ser qualquer coisa – da sua casa a seu velho e amargo ressentimento) e partir em uma viagem em busca da verdade, (interna ou externamente), e se você está sinceramente disposto a ver tudo que lhe acontecer durante essa viagem como um ensinamento, e se aceitar cada um que encontrar durante a viagem como um mestre, e se você estiver – acima de tudo – preparado para encarar (e perdoar) algumas realidades desagradáveis a seu respeito... então a verdade não lhe será ocultada.” Elizabeth Gilbert



Re-vi "Comer Rezar Amar", e estava pensando em como muitos filmes nos fazem refletir sobre nossa vida, deixam frases e imagens vívidas na memória, nos provacam rizos e lágrimas.

Eis que dessa vez observei uma parte que até então tinha me passado despercebida, a Física da Procura, um ensinamento simples mas que não é necessáriamente fácil de ser realizado, e senti essa vontade de compartilhar aqui. Vamos deixar claro que essa busca pela "verdade" é uma busca espiritual e não científica/acadêmica, é algo que (pra mim) transcende a esfera do pensamento, nos aproxima do que poderíamos chamar de "Deus" (ou qualquer outra nomenclatura).

Todos nós estamos a procura de algo que nos preencha a "alma". Não acredito que a maioria das pessoas quando nasce já venha com a fé intríseca ao ser, a maioria passa a vida em busca dessa fé que alguns preenchem com namorados, trabalho, estudos, obcessões, enfim, estamos sempre em busca de algo para preencher o vazio e talvez essa busca não seja consciente, mas ela existe e nos causa uma ansiedade de buscar e de vivenciar tantas coisas que se torna positiva mesmo causando inquietação. 

O fato é que Elizabeth Gilbert conseguiu descrever em "Comer Rezar Amar" essa angústia sentida por muitos de nós e talvez por isso tantas pessoas pelo mundo se identificaram com o livro e com o filme.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

E VIva Cazuza ... !

O Nosso Amor a Gente Inventa (estória romântica) Cazuza
O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver

Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu

O nosso amor a gente inventa, inventa
O nosso amor a gente inventa, inventa

Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa

Mas ficou tudo fora do lugar
Café sem açucar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma estória romântica

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba, a gente pensa
Que ele nunca existiu