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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Encontro Explosivo

Ontem saí mais cedo do trabalho e fui ao cinema e ao chegar lá fiquei assustada! Tinha fila para tudo, desde a pipoca até o milk shake! E foi então que eu me dei conta que estamos nas férias escolares e nada melhor do que shopping pra essa garotada.
Comprei ingresso para "Encontro Explosivo":

Diretor: James Mangold
Elenco: Tom Cruise, Cameron Diaz, Maggie Grace, Peter Sarsgaard, Paul Dano, Marc Blucas
Produção: Arnon Milchan, E. Bennett Walsh
Roteiro: Dana Fox, Scott Frank
Fotografia: Phedon Papamichael
Trilha Sonora: John Powell
Duração: 115 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Comédia Romântica
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: New Regency Pictures / Pink Machine / Tree Line Films / Wintergreen Productions / Regency Enterprises

Três estrelas para eles! Detalhe que pensei ser um filme de ação, mas na verdade é comédia romântica!
O filme é uma mistura de "Missão Impossível" com comédia e cenas piegas de romantismo. Mas valeu pela pipoca e pelas risadas, mas recomendo, cinema somente depois das férias escolares! :)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Casamento e as Seis Perfeições

"Os votos de casamento não são apenas parte de uma cerimônia externa. Mais importante do que isso, eles representam um compromisso interno, mental. Para entender como manter esse compromisso através de suas vidas, vocês precisam entender a estrutura maior destes votos.

Entre os muitos tipos de seres no universo, como seres humanos nós atingimos uma situação muito rara e afortunada, uma base de trabalho única para o desenvolvimento espiritual. Entretanto, se não reconhecermos a preciosidade de nossa vida humana, podemos desperdiçá-la — como alguém que encontra um pedaço de ouro mas, não reconhecendo o seu valor, faz mau uso dele, talvez como um encosto de porta. Somos agora como o minério de ouro não refinado, não reconhecendo que nossa natureza verdadeira é como o ouro. Usando bem esta oportunidade, podemos refinar o minério para revelar a pureza de nossa natureza inerente, que é como o ouro.

Em seu casamento, um pode apoiar o caminho espiritual do outro e pode ajudar a garantir que o potencial de suas vidas humanas não seja desperdiçada. Isto é muito importante pois a oportunidade que vocês têm como seres humanos é muito breve. É natural que aspirem a estar juntos por um longo tempo, mas vocês não podem saber o quanto suas vidas ou o seu relacionamento durará. Tudo em nossa experiência é impermanente. Uma vez, este universo que habitamos não estava aqui, e um dia ele novamente será reduzido a nada. Uma vez, nosso próprio corpo físico não estava aqui, e um dia ele novamente será perdido. Das muitas pessoas que viveram nesta terra há cem anos atrás, quantas estão aqui agora? E destas, quantas estarão aqui daqui a cem anos? Se entenderem a impermanência, vocês entenderão a importância de usar bem o seu tempo juntos.

Desde o início do seu caminho, vocês precisam pensar claramente sobre a direção que querem tomar. O que é mais importante não é tanto estar juntos, mas sim como vocês passarão o seu tempo juntos. Casamento significa fazer um compromisso de agora em diante, para o resto de suas vidas, de viver juntos em harmonia, com alegria, amor e afeição, e com a intenção de beneficiar um ao outro o quanto for possível. Isto significa a aspiração, dia a dia, de colocar a felicidade do seu cônjuge antes da sua própria felicidade. Tanto no nível mundano quanto no espiritual, um deve decidir encontrar as necessidades do outro e contribuir para o crescimento espiritual do outro. O amor genuíno e abnegado que um expressa pelo outro criará uma virtude que os conduzirá à felicidade nesta vida e que plantará as sementes para a felicidade futura.

Cada um de vocês escolheu o outro entre todas as flores neste jardim terreno. Então é importante que vocês abordem o casamento com um senso de altruísmo, de beneficiar um ao outro o quanto for possível, na alegria e na tristeza, na felicidade e na infelicidade. Se o homem entra no relacionamento pensando, "Esta mulher é agora a minha esposa, está pronta para ela me fornecer o que preciso, para me fazer feliz", ou se a mulher pensa, "Este homem é agora o meu marido, ele me deve felicidade, ele deve me satisfazer" — essas expectativas apenas criarão problemas. Ao invés de um demandar isto para o outro e de esperar algo para si mesmo, façam disto o seu compromisso de um para o outro, assumindo a responsabilidade de garantir a felicidade do seu cônjuge. Sempre mantenham em mente sobre como o que vocês dizem ou fazem pode afetar o outro. Aprendam o que é condutivo para a felicidade e paz mental do outro.

Se ambos tiverem uma preocupação com a felicidade do outro, vocês nunca poderão ser separados. Seu elo não poderá ser quebrado.

Se, por outro lado, vocês colocarem a responsabilidade de sua felicidade sobre o seu cônjuge, se vocês sentirem que ele ou ela deve algo a você, vocês verão apenas as suas faltas. Se a sua motivação fundamental for esperar que o outro o faça feliz, o seu casamento não será tão fácil e a sua felicidade não durará muito. Abordar o casamento com um ponto de vista auto-centrado automaticamente estabelece uma circunstância que vai atravessar o bem maior que é possível. Mas se a sua motivação for a de levar o outro à felicidade, ambos serão felizes a curto e longo prazo e trarão felicidade àqueles ao redor de vocês. Este é o significado do sucesso tanto no sentido espiritual quanto no mundano.

A felicidade que experienciamos na vida depende muito da nossa motivação. E nossa motivação é tão importante no casamento quanto em qualquer outro empreendimento humano. Apesar de uma motivação altruísta não ser a mesma coisa que bodhichitta, que tem um escopo muito mais vasto — o benefício temporário e último para todos os seres —, ela é uma maneira de praticar o não-eu de um modo bem direto, com a pessoa bem ao seu lado. E vocês podem usar o relacionamento com seu cônjuge como um modelo para os seu relacionamento com todos.

A fim de manter o seu compromisso, vocês devem estar preparados para enfrentar os obstáculos com firmeza. Apesar de aspirarmos o divino, a fricção pode ocorrer. Nenhum de nós é perfeito. Em nossos relacionamentos, muitas vezes experienciamos emoções negativas, trivialidades, pensamentos auto-centrados e todos os tipos de estados físicos e mentais, alguns agradáveis, outros desagradáveis. Estas coisas colocarão nosso compromisso à prova — ele deve ser capaz de resistir ao que quer que venha. O mais importante não é o que surge, mas como vocês lidam com o que surge, como vocês trabalham para garantir que o seu casamento durará por toda a vida.

Façam o voto de ajudar um ao outro, de um ser amigo do outro, sob todas as circunstâncias. Quando as dificuldades ocorrerem, não importa o quão grandes ou pequenas, não façam disto uma grande coisa. Lembrem-se que o seu cônjuge é um ser humano, não um deus. Focalizem sobre as boas qualidades do outro e não se prendam sobre as dificuldades. Quando um problema surgir, lembrem-se de que todos nós somos humanos e o coloquem de lado. Durante tempos difíceis, lembrem-se que a sua união é por toda a vida; vocês devem o melhor a ela. Não tenham tempo para discutir. Acima de tudo, achar que vocês estão certos e que os outros estão errados é uma das delusões que perpetuam o sofrimento. Ao invés disso, sejam pacientes e se lembrem que a única coisa de benefício na hora da morte será a virtude criada nesta vida. Se vocês mantiverem esta perspectiva no dia a dia, as discordâncias serão resolvidas e vocês desenvolverão paciência, amor, compaixão e aceitação, qualidades que fortalecerão o seu relacionamento.

Sua motivação altruísta no casamento corporifica a primeira das seis perfeições — a generosidade, a prática que é um dos modos mais excelentes de acumular mérito e de aumentar as qualidades virtuosas. Através do amor e do compromisso que vocês trazem um ao outro nesta ocasião e no futuro, quando um mantém seu amor para o outro em seu coração, quando um fala do seu amor para o outro, quando vocês trocam alianças como símbolo físico do seu elo, vocês estão expressando a qualidade da generosidade. Seu compromisso, de agora em diante, de usar seu corpo, fala e mente para fazer um ao outro feliz é mais uma expressão dessa generosidade.

Vocês também trazem ao casamento a segunda perfeição, a disciplina moral. Isto significa viver juntos de acordo com as disciplinas superiores, eliminando hábitos que não estão servindo ao relacionamento, eliminando o comportamento é insignificante, egoísta e desarmonioso, e acentuando as qualidades positivas e abnegadas como a bondade amorosa, que traz um benefício ainda maior. Seu caminho espiritual é de virtude, trazendo alegria e felicidade aos outros e refreando as ações descuidadas que possam causar dano ou infelicidade. Como praticantes, vocês devem usar seu corpo, fala e mente para guardarem a si mesmos, para guardar o seu relacionamento contra quaisquer obstáculos potenciais ou negatividade, e para se esforçarem em beneficiar habilmente um ao outro. Se o seu foco estiver sobre as necessidades do seu cônjuge, vocês já encontraram um meio muito poderoso de evitar problemas.

Não há dúvida de que a vida casada é um desafio. Não se mantenham sobre uma idéia fixa sobre como o relacionamento deva funcionar, e ao invés disso aprendam como não perturbar o outro, como atingir alegria e harmonia maiores e maiores. Quando surgirem coisas que vocês não gostam, trabalhem a aversão em suas próprias mentes no contexto de sua prática do Dharma, ao invés de tentarem fazer o seu cônjuge mudar.

Isto também é muito importante se vocês decidirem ter filhos. Se um tratar o outro com respeito e amor, e tentar resolver pacificamente quaisquer problemas que surjam, seus filhos terão um papel modelo para o desenvolvimento de seus próprios relacionamentos positivos e com sucesso.

A terceira perfeição, a paciência, é uma das qualidades mais importantes que vocês podem trazer ao seu casamento. Façam o compromisso de sempre manter harmonia e de lembrar que, independente das mudanças externas ou emocionais pelas quais o seu cônjuge esteja passando, ele ou ela não é um buddha. Seu cônjuge é um ser humano lidando com seus próprios problemas. Tentem se relacionar com isso com compaixão e paciência, focalizando o elo entre vocês ao invés de focalizar os problemas. Tentem não se tornar perturbados pelas dificuldades que inevitavelmente surgem quando as pessoas vivem juntas. Pelo menos não se fixem sobre elas; ao invés disso, tentem imediatamente resolvê-los.

Sua prática da paciência trará grande benefício a curto e a longo prazo no contexto de seu casamento. Quando vocês praticam a virtude, especialmente uma virtude tão poderosa quanto a paciência, ela infalivelmente resultará em grande felicidade no futuro, o que pode ser chamado a experiência do céu ou da terra pura. Através da raiva — cortando os sentimentos do seu parceiro —, através do desejo egoísta — não pensando sobre o que poderia fazer o seu cônjuge feliz, mas apenas sobre os seus próprios desejos auto-centrados — e através da ignorância — falhando em entender qual comportamento é verdadeiramente prejudicial e qual é verdadeiramente útil —, vocês criarão sofrimento a curto e a longo prazo. O céu e o inferno não são lugares que existem fora de vocês. Ao invés disso, eles são os reflexos da positividade e da negatividade de suas própria mentes.

Manter o compromisso que um faz para o outro, como marido e esposa, requer diligência, a quarta perfeição. Vocês precisam de um esforço incansável para permanecerem verdadeiros em sua conexão, trabalhando tanto no contexto mundano quanto no contexto de sua prática espiritual para um ajudar ao outro a encontrar suas metas e para trazer benefício a vocês mesmos e a os outros. Todos os tipos de companhia no caminho são cruciais para o nosso desenvolvimento como praticantes espirituais, e as qualidades de nossos amigos podem nos influenciar grandemente. É por isso que é importante que vocês usem o seu casamento como uma oportunidade para ajudar a prática de Dharma do outro, nunca permitindo que as ações, palavras ou atitudes de cada um tornem-se obstáculos para a sua prática espiritual. Isto requer prática espiritual diligente, tentando não apenas uma ou duas vezes, mas durante toda a sua vida juntos, para realizar estas metas espirituais.

Sempre estar atentos ao seu elo, estimando-o em seus corações e nunca deixando-o ir, envolve a quinta perfeição, a estabilidade meditativa. Isto significa focalizar unidirecionadamente sobre o que traz felicidade duradoura para vocês mesmos e para os outros. A beleza física não durará para sempre. Não focalizem sobre ela. Lembrem-se que tudo neste mundo está sujeito à decadência. Tudo que é composto, que vem junto, eventualmente perece. Mas na hora em que vocês estiverem juntos, vocês podem trazer felicidade um ao outro, podem criar virtude e podem ajudar a sua prática espiritual e a do seu cônjuge. Apesar de esta vida poder ser muito curta, a conexão que vocês estabelecem através do seu envolvimento positivo e virtuoso juntos e através de sua prática espiritual continuará a beneficiar ambos em vidas futuras.

Finalmente, vocês trazem ao casamento a sexta perfeição, a da sabedoria ou conhecimento transcendente. Independente das alegrias e tristezas que vocês experienciem como indivíduos ou como um casal, lembrem-se que estes eventos passageiros são como ecos, ilusões que vêm e vão, que nada do que vocês experienciam tem qualquer existência inerente. A experiência de nossa inteira é como um sonho cheio de alegria e tristeza, felicidade e infelicidade. Assim como quando despertamos de manhã e vemos que nada realmente aconteceu, podemos olhar para trás, para todas as experiências de nossas vidas, e ver que elas eram ilusórias. Os muitos momentos de felicidade ou tristeza — todos se foram agora.

Entender a natureza mais profunda de nossa experiência não significa que diminuímos nossas experiências felizes. Ainda regozijamos, mas ao mesmo tempo realizamos que elas não são tão reais quanto uma vez pensamos. Quando estamos infelizes, nos lembramos que nossa felicidade também é impermanente. Esta perspectiva nos ajuda a reduzir nosso apego às coisas acontecerem de certo modo, assim como a nossa aversão às dificuldades. Realizamos que não são as condições externas que são responsáveis pela nossa felicidade ou infelicidade, mas sim o modo como reagimos a estas experiências externas. Isto traz aceitação e equilíbrio às nossas vidas.

Tentem manter um estado desperto ininterrupto de sua própria natureza, que está além dos extremos da felicidade e tristeza, prazer e dor, esperança e medo. Apesar de poderem parecer pessoas bem comuns, se vocês tiverem uma conexão interior com a essência de sua prática, mesmo quando forem ao trabalho diário vocês atingirão algo muito poderoso e muito benéfico. Se vocês mantiverem esta visão, não importa realmente onde vivem, o que vestem ou como agem.

A perfeição da sabedoria, em seu sentido mais profundo, é corporificada na união do masculino e do feminino, que é fundamental para o caminho espiritual do Buddhadharma. O aspecto manifesto de toda aparência fenomenal corresponde ao princípio masculino dos meios hábeis, e a natureza verdadeira desses fenômenos, a vacuidade, corresponde ao aspecto feminino da sabedoria ou conhecimento transcendente. Se examinarmos qualquer elemento de nossa experiência, descobriremos que é vazio de auto-natureza; porém, as coisas ainda sim aparecerem. Forma e vacuidade, vacuidade e forma existem em união uma com a outra. O entendimento da inseparabilidade da vacuidade dos fenômenos e de sua aparência é a qualidade do conhecimento transcendente, que pode ser cultivada e nutrida durante sua vida juntos.

Na sociedade humana, o elo entre mulheres e homens é a expressão dessa verdade mais profunda, sendo o casamento uma expressão dessa harmonia. Isto traz uma dimensão cada vez mais profunda ao casamento de dois indivíduos que estejam envolvidos com o caminho do Dharma porque eles têm um meio de incorporar em suas vidas esta união do masculino e do feminino, sobre a qual os ensinamentos estão fundados.

Se vocês permanecerem verdadeiros para a visão de sabedoria em seu casamento e, durante sua vida juntos, sempre trabalharem para trazer maior benefício a vocês mesmos e aos outros, a curto e longo prazo, seu relacionamento produzirá nada mais que felicidade nesta vida e nas vidas futuras, e sua união corporificará a essência e os princípios do Dharma sagrado." (em http://www.dharmanet.com.br/vajrayana/casamento.htm)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Paris – Je T’aime


Quando penso na França me vem a cabeça Paris, e junto a imagem da Torre Eiffel me envolve uma sensação de romantismo, minha pergunta é: Quando Paris virou a capital do Amor?
Então comecei a lembrar de todos os filmes que já assisti, e me dei conta que todos eram românticos e mostravam a Torre Eiffel como parte do romance. Ex: “Paris – Jê T’Aime”; “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”; "Os Sonhadores"; "Antes do Amanhecer"; "Ultimo Tango em Paris".
Não lembro de todos os nomes de filmes, mas enfim, cheguei a conclusão que a mídia montou essa imagem de uma Paris romântica e eu me dei conta agora que sofro de romantismo agudo e sonho com Paris. Rsrs
A idealização, a imagem construída é tão convincente que atrai milhares de turistas. É claro que não acredito que todo mundo vai a Paris para se apaixonar, devem existir alguns que vão para visitar a Cidade Luz, conhecer o centro da revolução que marca a modernidade, mas por algum motivo não creio ser a maioria.
Concluindo, acordei pensando na França, porque sonhei com ela, e descobri que sofro de indução midiática, idealizo conhecer Paris por tudo que é dito, filmado, escrito e divulgado da atmosfera francesa, e vai ser muito triste se eu chegar lá e não corresponder a minha expectativa!  


segunda-feira, 19 de julho de 2010

(re)Construção

Há 3 anos eu tenho um projeto de reforma e construção daqui de casa. Então durante meu breve período de férias decidi que finalmente colocarei em prática e fui procurar um arquiteto.
Vou te dizer, obra é algo que assusta! É impressionante como o ramo da construção civil lucra, e como nós consumidores gastamos!
Eu particularmente adoro ficar em casa e por tanto me parece bem lógico deixar minha casa sempre mais aconchegante.
Como já espero que minha decisão de iniciar uma reforma e construir mais cômodos gere uma grande epopeia até chegar ao que eu idealizo, vou ter muitas histórias para contar, reclamar e rir.
É... Acho que vou ter que alugar um lugar para morar durante alguns meses...

domingo, 18 de julho de 2010

Perdas, danos e outros


Ontem fez um ano que eu perdi uma das pessoas mais especiais da minha vida. Muitas pessoas passam por nossa vida, mas são poucas que se tornam especiais a ponto da perda ser sentida todos os dias.
Minha madrinha era uma pessoa que desde que eu nasci sempre morou em outros estados do país e alguns momentos fora, mas ela sempre estava presente, todos os grandes momentos da minha vida, ela dava um jeito e aparecia.
Poucas pessoas sabem, mas eu morei com ela em alguns momentos críticos da minha existência. Momentos que poderiam ser esquecidos se ela não estivesse lá.
Eu não sei perder as pessoas, fato. E eu não aceito a morte, infantil, mas verdade.
Hoje dói tanto quanto no dia que recebi a notícia, e tenho o mesmo problema daquele dia, aceitar. Pior que reajo da maneira mais ridícula, evito todos que possam admitir que ela se foi, mal consigo falar com meu padrinho, e isso é tão egoísta que tenho vergonha de mim.
Aceitar a morte, é aceitar que faz parte da vida não termos as pessoas que amamos por perto sempre que precisamos ou queremos, é aceitar que um dia estaremos sozinhos, aceitar que não temos controle sobre nossa existência. Não sei se com o tempo nos acostumamos a perder, ou se algumas pessoas simplesmente não entendem.
O que resta é uma manta que ela me fez, um vestido que ela bordou que nem cabe mais em mim, mas que me fazem senti-la mais próxima, porque eu não quero que ela se vá...



Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó. Eclesiastes 3:20

Ouvindo Paz Lenchantin – Kentucky Hymn

domingo, 11 de julho de 2010

E o resto é História


Sabe o que é pior do que estar com dor de garganta? Estar com dor de cabeça também! Pois é, como todo mês de julho fiquei doente, está virando tradição.
E quando estamos doentes a melhor coisa a fazer é ficar deitada zapeando a TV e então nos damos conta que pagamos a TV a cabo, mas quando queremos assistir algo de bom, usamos o DVD.
Estava assistindo a 5° temporada de “Sex and the City” (House e The Good Wife estão de férias) e fiquei pensando que as quatro amigas representam caricaturas de facetas de cada mulher, Miranda é a independente trabalhadora e ótima profissional, Samantha que trata os homens como objetos de prazer, Charlote romântica e otimista e Carrie a escritora viciada em sapatos e roupas cheia de neuroses, mas que é o suporte das outras três.
A graça desse seriado está em mostrar como as amizades são imprescindíveis em nossas vidas e o texto é bem engraçado, descontraído. Mas cá entre nós, não acredito que existam mulheres assim, acho que temos um pouco de cada uma delas, e em alguns momentos vestimos máscaras mais próximas de uma personagem ou de outra.
Não tenho muitas amigas mulheres a maioria dos meus amigos são homens e converso bastante com eles, são mais práticos é verdade, mas nem sempre são desencanados. A grande diferença é que os homens pensam menos as questões, eles se distraem mais e aceitam melhor as respostas da vida, já as mulheres ficam filosofando e fantasiando, aquela história de “não” realmente significar um “não” é meio complicado para uma mulher, a gente filosofa o não.
Na verdade nem acho isso ruim, acredito que o problema é só quando nos iludimos, mas fora isso, penso ser bem saudável pra imaginação e criatividade, nos faz mais humanas menos máquinas e o resto é história!


http://www.youtube.com/watch?v=kjbbdbFTQBo

Ouvindo Orquestra Imperial, já que meus queridos Los Hermanos resolveram dar um tempo...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Solução Imediata


Todos estão falando sobre isso, fazem piadas, e o assunto chega a ficar saturado de tanto que a mídia divulga as mesmas informações várias vezes como se fossem novidades. Do que eu estou falando? Do assassinato da ex do goleiro do flamengo.

O que me choca é que aparentemente matar é a melhor solução dos problemas, pense comigo:
- Quero a herança dos meus pais para viver com meu namorado, solução: Suzane Von Richtrofen mata os pais com ajuda do namorado e do cunhado;
- Quero me livrar da minha filha porque minha esposa atual tem ciúmes da ex, solução: Alexandre Nardoni mata filha de 5 anos com ajuda da atual mulher;
- Tenho inveja da minha colega de trabalho porque eu quero subir na vida e ser famoso, mas ela não me ajuda, solução: Guilherme de Pádua e Paula Thomaz emboscam Daniela Perez e a matam;
- Transei sem camisinha e minha ex quer ter o filho não quero dar pensão, solução: Bruno mata ex-amante com ajuda de amigos.

O que passa pela cabeça de um sujeito desses?!

Por que afinal de contas existem os 10 Mandamentos? Você não sabe? Ora, para que a sociedade possa viver de maneira organizada, é o início da nossa legislação, se não ainda estaríamos na lei do talião: “Olho por olho, dente por dente”.

Vivemos numa sociedade organizada por indivíduos racionais e se você não lida bem com isso, FAÇA TERAPIA!!!!



Obs.: desconsiderem a superficialidade desse post,  só queria desabafar.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A maldição do sofá

Minha mãe é contra sofá.
Parece estranho, não conheço ninguém que não goste de sofá, apenas minha mãe, para meu azar. Por isso passei minha infância e adolescência sem possuir esse móvel. Fiquei viciada em sofás. Podia ser qualquer um, duro, velho, feio, tanto faz, era um sofá e eu não tinha em casa!
Meus pais se divorciaram e depois de um ano, passei a morar com meu pai, que gostava de sofás. Desde então tenho um sofá.Porém, esse não é o sofá dos meus sonhos, até porque com o tempo fui ficando mais exigente, já que não era tão desesperada por um sofá, e eu achei “o” objeto de desejo e ele custa muito caro!
Então eu passo pela loja uma vez na semana para me certificar que o sofá ainda está lá e eu posso adquiri-lo.
Hoje eu me pergunto: por que todo mundo tem sofá? Por que não temos um tatame na sala? Poltronas? O que faz do sofá esse objeto desejável em 90% nos lares?
Tenho plena consciência que minha fissura pelo objeto é por não ter tido a oportunidade de possuir um durante a maior parte da vida, mas e as outras pessoas?
Quem sabe depois que eu tiver adquirido o sofá dos meus sonhos eu possa responder essas perguntas!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ausências Necessárias

 
Às vezes é bom se afastar para olhar as situações por outros ângulos, perceber nossos equívocos e achar soluções para os problemas que nos afetam.
Eu acredito em pedir um tempo, em algumas situações é bem necessário. No entanto, isso não significa fugir, mas sim buscar caminhos que nos levam a outro patamar.

Sabe aquela história do “pare o mundo que eu quero descer”?! Todos nós passamos por esse tipo de situação e o melhor é pensar antes de agir, e para pensar com qualidade é necessário se afastar.


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Memórias, histórias e etc

A definição de Apego no dicionário é: 1 Afeição, afeto, inclinação. 2 Afinco, constância, tenacidade. 3 Agr Timão de charrua. 4 Anat Articulação de ossos. 
Heis que eu sou uma pessoa que se apega a objetos e a outras pessoas, e por tanto quando deixam de fazer parte do meu cotidiano eu sinto um leve desconforto, há dificuldade em aceitar que os caminhos da vida alteraram os percursos e assim as pessoas saem da nossa vida do mesmo jeito que entraram, de um dia para o outro!
O desconforto é normal, mas não sei se é relembrar cotidianamente situações passadas como se fosse um filme que se repetisse na cabeça. Até mesmo quando somos nós que fazemos as escolhas e tomamos as decisões, tudo se repete várias vezes, revejo diálogos, risadas... enfim, é um reviver constante. 
Ao conversar com uma amiga ontem, percebi que existem pessoas que são o meu oposto nesse sentido, ela apaga as pessoas, é como se não existissem mais. Não fica nenhum vestígio, não existe melancolia em rever fotos de pessoas que se foram, é um "ponto final" nas relações. 
Para mim é esquisito, minha avó paterna faleceu há sete anos e até hoje é estranho que ela não faça mais parte da minha vida.
Logicamente que o fato dessa amiga ser bem diferente de mim, me proporciona visões reflexivas sobre as situações que penso e o inverso também é verdade, e ai está a beleza da vida, as diferenças que se complementam gerando seres mais reflexivos. É uma pena que nem todas as diferenças são expostas em longas conversas regradas de risadas e nostalgia.