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domingo, 18 de julho de 2010

Perdas, danos e outros


Ontem fez um ano que eu perdi uma das pessoas mais especiais da minha vida. Muitas pessoas passam por nossa vida, mas são poucas que se tornam especiais a ponto da perda ser sentida todos os dias.
Minha madrinha era uma pessoa que desde que eu nasci sempre morou em outros estados do país e alguns momentos fora, mas ela sempre estava presente, todos os grandes momentos da minha vida, ela dava um jeito e aparecia.
Poucas pessoas sabem, mas eu morei com ela em alguns momentos críticos da minha existência. Momentos que poderiam ser esquecidos se ela não estivesse lá.
Eu não sei perder as pessoas, fato. E eu não aceito a morte, infantil, mas verdade.
Hoje dói tanto quanto no dia que recebi a notícia, e tenho o mesmo problema daquele dia, aceitar. Pior que reajo da maneira mais ridícula, evito todos que possam admitir que ela se foi, mal consigo falar com meu padrinho, e isso é tão egoísta que tenho vergonha de mim.
Aceitar a morte, é aceitar que faz parte da vida não termos as pessoas que amamos por perto sempre que precisamos ou queremos, é aceitar que um dia estaremos sozinhos, aceitar que não temos controle sobre nossa existência. Não sei se com o tempo nos acostumamos a perder, ou se algumas pessoas simplesmente não entendem.
O que resta é uma manta que ela me fez, um vestido que ela bordou que nem cabe mais em mim, mas que me fazem senti-la mais próxima, porque eu não quero que ela se vá...



Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó. Eclesiastes 3:20

Ouvindo Paz Lenchantin – Kentucky Hymn

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