Free counter and web stats

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Lá vem, lá vem, lá vem de novo!

Mais um ano se passou... Posso dizer que 2011 foi o ano dos rompimentos, seja de relacionamento, seja de conduta, mas foi o ano em que marcou o fim de um ciclo. Você sabe né? O mundo é redondo, ele gira o tempo todo, nada mais natural que a nossa vida também seja cheia de ciclos. E é isso que a passagem de ano representa: a esperança de que o próximo período seja melhor do que o anterior.

Tem coisas que não podem faltar. Fazemos sempre aquela lista (maldita) que tentamos seguir, com as resoluções para o ano seguinte. Vou malhar, vou viajar, vou ser mais paciente, vou ficar rico ganhando na mega da virada. Essas coisas que sabemos não irão acontecer, mas de alguma maneira o fato de nos prometer isso já alivia a consciência.

Uma aura de bondade inunda os corações e subitamente aquele sujeito que nem te da um "Bom dia!" encaminha um cartão virtual ou um e-mail desejando "Boas Festas!". Queria que a aura da simpatia e bons desejos durassem o ano todo!

Se você é como eu (e os outros 85% da população) ainda não fez as compras de Natal, o que vai tornar o seu dia um pouco mais estressante, já que TODAS as lojas estão lotadas, não há vagas nos estacionamentos e por último mas não menos importante, o presente que você quer já esgotou.

É um rito. Todos os anos acontecem as mesmas coisas, mas ninguém muda o itinerário, por mais caótico que seja.

Sabendo de tudo isso, resta relaxar. Sonhar que o ano que vem seja melhor do que o que passou, que o mundo não acabe em 2012 e esperar levar o bolão da virada (só ganha quem aposta e esperança amigo, é a última que morre)!

Como dificilmente terei tempo de acessar o blog nesse final de ano, que como todos os outros é super corrido, desejo a todos um pouco de risos, alguns beijos e muitos abraços fraternos, que o espírito de renovação realmente esteja presente em nossas vidas nos permitindo reavaliar e fazer escolhas melhores no próximo ano. Feliz Natal e um ótimo 2012!


Viva cada minuto!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Antes das Seis


Não sou uma dessas pessoas que assiste televisão aos domingos, pelo contrário, penso que domingo é o dia de não ligar a TV porque a programação geralmente não é animadora. Eis que num final de domingo em um quarto de hotel perdido no mapa, a única programação na TV era O Fantástico. Estavam começando a passar uma "série" (acho que posso chamar assim) sobre "A História do Amor" com a música de abertura "Antes das Seis" do Legião Urbana, com a Leandra Leal e o Daniel Oliveira contracenando em várias montagens de cenas bem engraçadas com fundo histórico.

"Quem inventou o amor?" é a pergunta que inicia o quadro e até o final não é respondida. Aliás, acho que ninguém tem a resposta. É uma dessas perguntas que aprendemos a conviver, fica na mesma "gaveta cerebral" de "De onde vim e para onde vou?", " Existe vida após a morte?" dentre muitos outros questionamentos que não temos comprovação ou certeza absoluta.

O melhor dessa sequência de quadros sobre o amor, é a forma engraçada de como o texto é escrito e bem representado pelos atores. Amor é como outro tema qualquer, muda conforme a época, cria paradigmas, rompe paradigmas, se reinventa.

Para quem não viu, os links estão abaixo em ordem cronológica:  

Parte um: Começo http://www.youtube.com/watch?v=a0PZJTa04Q4&feature=related
Parte dois: Sedução http://www.youtube.com/watch?v=kPeTy-qRUTA&feature=results_main&playnext=1&list=PLB1B278394C5F68BA 
Parte três: Namoro http://www.youtube.com/watch?v=l1xStnhb0LI&feature=related
Parte quatro: Casamento http://www.youtube.com/watch?v=H9V9ZPy2ukQ&feature=related
Parte cinco: Ciúme http://www.youtube.com/watch?v=3l98G3zMjso&feature=related
Parte seis: Fim http://www.youtube.com/watch?v=MNIvMtGIgVY

"Enquanto a vida vai e vem 
 Você procura achar alguém
 Que um dia possa lhe dizer
 Quero ficar só com você."
(Antes das Seis - Legião Urbana)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Le scaphandre et le papillon


"O Escafandro e a Borboleta" é um filme lançado em 2007 por Julian Schnabel baseado no livro de mesma nomenclatura lançado em 1997 que é a auto-biografia de Jean-Dominique Bauby. Um jornalista reconhecido na França editor da Revista Elle que sofre um AVC (acidente vascular cerebral) entra em coma e quando acorda deste estado descobre que está completamente paralisado restando de movimento apenas o piscar de olho - e apenas um, o esquerdo - além da memória e da imaginação intactas.

Dai vem o nome do livro/filme, pois o escafandro é a metáfora encontrada pelo autor para exemplificar seu estado na síndrome do encarceramento (locked in), a borboleta é a tradutora que pacientemente dita o alfabeto para que Bauby possa piscar o olho quando escolher a letra. É, ele ditou o livro letra por letra. E não é apenas esse exercício de paciência que considero mais do que louvável, Bauby conseguia organizar os pensamentos, ele compôs e editou o livro mentalmente enquanto ditava piscando o olho!

O ator Mathieu Amalric (que fez o vilão de 007 - Quantum of Solace) e a bela Emmanuelle Seigner (de Lua de Fel) estão muito bem, inclusive Mathieu ganhou prêmio César por este papel e o filme rendeu ao diretor Schnabel troféu no Festival e Cannes, o Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar.

A história é contada do ponto de vista do personagem principal, Jean-Dominique Bauby, então o telespectador enxerga como teoricamente ele estava enxergando e lê/escuta seus pensamentos, que diga-se de passagem são bem agridoce. A estética do filme chama atenção pelo simbolismo e surrealismo e  que considero foram bem sucedidos.

Particularmente a trilha sonora e a fotografia muito me agradaram, e fiquei pensando que Bauby pode ter tido como uma espécie de missão escrever o livro, que o fez durante dois anos, e faleceu dez dias depois do lançamento. Fica como uma grande lição de que desperdiçamos dias, horas e sentimentos por coisas que não teriam tanta importância se olharmos com mais atenção.

5 Estrelas, mas não indico para todos.

sábado, 19 de novembro de 2011

Malu de Bicicleta


Esse filme deveria se chamar "Ciúme, o mal que se auto-sustenta", mas acho que ficaria meio agressivo e isso não agrada ao grande público. Escritor e roteirista, Marcelo Rubens Paiva que se diz grande conhecedor das mulheres, deveria se auto titular conhecedor dos homens também.

Então "Malu de Bicicleta" é um romance pouco idealizado e bem próximo do que eu acredito que seja o problema da maioria dos casais. Não digo que todos somos Luiz e Malu porque de fato não é a maioria que tem sexy appeal (borogodó, ou gogó), mas quando encontramos alguém com quem gostaríamos de passar todos os dias de nossas vidas, alguém por quem deixaríamos à moda Renato Russo "a segurança do seu mundo por amor", desenvolvemos juntamente com o amor pelo outro um medo de perder.

Ok, se fosse somente o medo acho que seria algo que com o tempo iríamos amenizando, mas junto vem a insegurança e com ela vem o ciúme. Esse filme mostra como o ciúme se auto-sustenta, você não precisa cultivar, ele se auto-alimenta e quando você se da conta já não confia mais na pessoa que ama.

O personagem de Marcelo Serrado (que está muito bem no filme e dando um banho de atuação na novela Fina Estampa) era o que chamamos de "solteiro convicto" e meio que sem querer é atropelado pela personagem de Fernanda de Freitas (que corrobora a minha teoria de que não existe Fernanda feia) e por algum golpe do destino ou ironia Divina se apaixona por ela.
Malu é o estereótipo de uma carioca zona sul, bonita, descolada com muitos amigos e que faz terapia provavelmente para entender porque é tão complicado manter relacionamentos. Luiz e Malu não se desgrudam mais, só que ele é paulistano e ela carioca, e Malu vai então morar com ele.

Achei diferente que nesse filme mostra o homem ficando completamente neurótico de ciúme e desconfiança tendo conversas com seus amigos, na maioria dos filmes vejo a mulher fazendo isso. Bom, Luiz vai permitindo que o ciúme tome conta dele e começa a se afastar no relacionamento, e Malu sem entender começa a pensar que ele está incomodado com a presença dela ou que está tendo um caso. Desencontros e falta de comunicação culminam em Luiz agarrado com a personagem de Marjorie Estiano na cozinha do casal com Malu entrando pela porta.

Batom na cueca, não tem explicação. Não existe motivação que leve a perdão e enfim, acabou o amor. Quem dera que fosse assim... Acho que para algumas pessoas é, mas cada um tem um jeito de lidar com o ciúme e a decepção de uma traição. Claro que já fui traída, quem não foi? E não foi a pior dor que já senti na vida, mas doeu e demorou pra cicatrizar. Pois é, tem gente que não cicatriza e dai acaba o amor.

 Recomendo "Malu de Bicicleta" para uma terça ou sexta a noite depois de um dia cansativo para assistir ao filme e relaxar, perceber que existem paisagens lindas e pessoas maravilhosas e que nem por isso a gente tem que "pular a cerca" ou que muitas vezes estragamos algo bom por fofoca ou desconfiança.
Fica a dica, com direito a trailler. 3 estrelas pro filme.

domingo, 6 de novembro de 2011

Chocolate quente e algumas montanhas

"Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria arrogância
Esperando por um pouco de afeição" (Esperando por mim - Legião Urbana)


Que eu amo Legião Urbana qualquer um que veio aqui já deve ter percebido, mas Renato Russo que me perdoe, vou discordar: O mal do século é a ansiedade. Ansiedade nada mais é do que esse desconforto em viver o presente num "desespero" quanto as inseguranças do futuro, ou seja, é o desconforto gerado pelo descontrole do tempo em que as coisas acontecem.

Algumas pessoas roem unhas, outras comem chocolate, mas cada um desenvolve uma compulsão para lidar com a ansiedade que a maioria de nós sente frequentemente ou sente em períodos de instabilidade.

Acredito que a solidão também seja um grande mal do século, as pessoas me parecem cada vez mais sozinhas mesmo quando estão acompanhadas, sinto um certo vazio em muitos olhares. "Os olhos são as janelas da alma", como você deve saber, e um olhar vazio denota mais que tudo uma grande solidão. Lembrando que solidão não é a mesma coisa que estar sozinho... Solidão denota evasão de outros sentimentos, e sentimos solidão mesmo que não estejamos sozinhos.

Mas voltando a ansiedade, sabe que ter muitas incertezas na vida gera grande ansiedade? Pois é, estou descobrindo isso no momento. Só que, por mais incrível que pareça, a ansiedade sumiu e ficou um sentimento de certeza de que "vai ficar tudo bem não precisa correr" e de repente uma paz me envolveu. Por que estou te contando isso? Para te explicar a minha humilde descoberta: a ansiedade vem do medo que temos que o "amanhã" seja pior do que o "hoje", porque no fundo todos nós queremos que "fique tudo bem", no estilo Gonzaguinha "sempre desejada(a vida), por mais que esteja errada, ninguém quer a morte, só saúde e sorte".  

Algumas linhas religiosas defendem que "Deus tem um plano para cada um de nós", o problema é que ninguém tem certeza de que o plano divino é com final feliz! Isso não é blasfêmia, isso é constatação. A nossa única certeza é que vamos morrer um dia, e procuramos aproveitar os momentos antes disso. Então o destino é um caminho com algumas pedras que precisamos passar nessa vida que não tem muito sentido mas que encontramos sentidos e significados a cada momento...

Acho que a conclusão que eu cheguei é que não são os tropeços que damos pela vida, ou o quão grande seja o buraco que caímos, o importante é como lidamos com a queda e como encontramos a saída no escuro. Não sei como se aprende a levantar, não penso que seja uma única solução para todos nós, mas de fato existem pessoas que nunca se levantam, outras que mostram estarem bem mas na realidade ainda lambem as feridas, e algumas pessoas que aprendem com seus buracos negros e aproveitam esse crescimento. Então não há receita de que dias melhores virão, o que existe é um esforço pessoal de olhar o lado bom das coisas que passamos (sim, estilo Pollyana) e observar que as coisas podem piorar mas isso não significa que não haverão bons momentos, boas risadas e boas memórias.

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena." (Fernando Pessôa)

domingo, 23 de outubro de 2011

Once upon a time...


A vida é cheia de coincidências não é mesmo?! Ontem ao "zapear" o controle remoto observei vários filmes bons passando mas todos recém lançamentos e lembrei de um filme antigo chamado "A História de Nós Dois" (The Story of Us) que pensei em alugar na locadora mas a preguiça de um sábado chuvoso não me permitiu sair de casa. Hoje ao acordar liguei a Tv e lá estava ele, o filme que eu queria assistir!

Em minha curta existência dois anos foram significativos no quesito tristeza, foram eles 1999 e 2009. Esse filme foi lançado em 1999 e então eu estava com meus 15 anos morando num apartamento bem grande e bem vazio, onde a solidão era minha maior companhia juntamente com meus muitos livros e muitos filmes.

Contexto histórico quase completo, loquei esse filme no final do ano e me debrulhei em lágrimas. AH ok, eu choro fácil com filmes românticos, mas isso não tira o mérito deste filme, sabe por que? Porque esse filme mostra uma das histórias de amor mais bonita e ao mesmo tempo mais próxima do que cada um de nós (digo em maioria) espera/vive/sente para com os relacionamentos amorosos.

Ben e Katie, Bruce Willis e Michele Pfeiffer respectivamente, são um casal com dois filhos que estão juntos a 15 anos. A relação está em crise e resolvem se separar. Até ai, super sem graça, mas quando estão tentando "virar a página" o diretor Rob Reiner mostra seu potencial juntamente com esse casal de atores que eu pessoalmente adoro. Durante a mudança e todo o período de transição que numa separação é inevitável não passar, nós telespectadores presenciamos através das lembranças dos personagens a história da relação deles, dos altos e baixos, das pequenas singularidades que criamos numa relação a dois. É belo, é simples, é comum e é romântico.

Uma das cenas que mais me chamaram atenção é quando o casal está tendo uma D.R. e os pais de cada um vão surgindo na cama, influenciando aquele processo. Muito original e muito realista!

"A História de Nós Dois" é um desses filmes que vale a pena comprar e assistir vez por outra, não apenas como divertimento, mas para nos lembrar que é aos poucos que as coisas acontecem, é aos poucos que desenvolvemos amor por alguém e também é aos poucos que perdemos o amor de alguém. Vale para lembrar que a história de um relacionamento é construída com o passar do tempo e que são duas pessoas com seus tempos diferentes, quereres diferentes mas com um elo em comum, o amor pelo outro.

É um filme que lembra que ao fazermos escolhas devemos arcar com as consequências delas e que tomar a atitude de se separar, por pior que esteja a relação, é difícil e tem um ônus pesado.

Mas como um bom filme Hollywoodano, o final satisfaz: "e foram felizes para sempre".

http://www.youtube.com/watch?v=ePs6ZwD3fKY

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

E então chegaram os 28!


E aos 28 de setembro eu finalmente faço meus 28 anos.



Dizem por ai que é nesse momento que tomamos grandes decisões para o resto da vida, que "Entre os 28 e 30 anos de idade, ocorre o primeiro retorno de Saturno, ou seja, o planeta em trânsito se posicionará no mesmo local em que ele estava no momento de nascimento da pessoa e iniciará uma nova volta em torno do zodíaco. Novamente, como em todo trânsito de Saturno, ocorre um doloroso rito de passagem, envolvendo responsabilidades, desta vez maiores do que nunca. A partir deste período, muitas coisas que antes eram parte de uma gama de opções se tornam definitivas. É o momento de determinar o que vai dar impulso aos próximos 28 anos e tudo o que é decidido tem sua repercussão e conseqüência. Este período representa também o fechamento sobre todo o passado de dependência familiar, uma liberação final de tudo que ligava às servidões da infância e da adolescência, uma aquisição definitiva de autonomia. É o ponto final do caminho de relaxamento de responsabilidades dos pais sobre os filhos." (http://portodoceu.terra.com.br/pratica/orbita-0102d.asp )

E não é à toa que ansiei por este momento, ele então irá "lapidar" o diamante que é a minha vida e vai me impulsionar a mudar tudo que não me serve mais, me transformar na versão mulher. Engraçado, até pouco tempo me via como uma menina buscando algo que não sabia bem o quê. E me dei conta que virei mulher e com o amadurecimento vieram outros quereres.

Essa coisa da definição da identidade pessoal, como os outros te vêem e como você se vê e os antagonismos dessas percepções me levaram a refletir muito. Hoje mesmo ouvi de um fiscal "Você é firme, não é?!" e a outra "Seu humor é ácido, tá bom, agridoce." e pensei que as coisas completamente naturais no meu jeito de ser podem não ser tão naturais assim para meu interlocutor. O fato é que sou meio "sargentão" como diz minha mãe e que algumas vezes "fuzilo" com meu olhar, outras aparento ser bem mais auto-suficiente do que realmente sou, mas todos somos assim (eu acho) não percebemos muito bem em como nossas qualidades mal gerenciadas podem "agredir" o outro. Então como é meu aniversário vou me dar ao luxo de pedir isso a mim mesma (e claro ao Universo), desejo aprender a gerenciar minhas qualidades mal gerenciadas (rsrs).
E por que não?! Aproveitando a oportunidade, quero pedir de presente o que eu neguei durante toda a minha vida: viver um grande amor (pois é caro amigo leitor, pasmem).

Na definição do livro "A linguagem secreta dos aniversários" o dia 28 de setembro é o "Dia dos que Partem Corações" e o "seu papel simplesmente é quebrar a defesa dos outros, o que fazem utilizando-se de armas variadas", queria quebrar a mim mesma e subverter minha defesa com relacionamentos. Não quero partir corações, quero reconstruir, catar os mil pedaços de alguém e transformar em algo bom, ser pra alguém o que ouvi de um professor a respeito de sua esposa "ela provoca em mim apenas coisas boas".

E não estou aqui me referindo a paixões avassaladoras e nem a "um amor com gosto de fruta mordida", estamos falando de amor no sentido mais sublime, onde há entrega e dedicação de ambas as partes e acima de tudo respeito pelo o que o outro é e pelo que você é, onde as pessoas percebem os defeitos da outra e aprendem a aceitá-los  no melhor estilo "I love you, just the way you are".

Caio Fernando Abreu tem uma frase assim: "Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis." E é por ai, vai ter paixão porque ela é necessária à nossa vida para que possamos dar valor aos momentos de calma e sossego, mas a paixão e a ansiedade geram isso "procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis"... Depois de algum tempo, provavelmente com o nosso amadurecimento, entendemos que o "viver um grande amor" está mais vinculado a ter um companheiro (a) na vida, alguém com quem compartilhar o que se tem e não mais uma pessoa que seja dependente de nós ou o contrário.

"Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.
É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.
Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor." (Texto extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1984, pág. 130.)

E para achar o grande amor? Será que tem receita? Acho que basta ter o coração aberto e um pouco de sorte. O fato é o seguinte, até chegar a esse ilustre momento da vida encontrar um grande amor não era "pauta" na trajetória, e agora passou a ser, por um motivo muito íntimo e de certa forma fundamental: eu decidi querer.

Obs.: Brigitte Bardot que também faz aniversário em 28 de setembro, casou quatro vezes em busca do grande amor... Acho que tendo apenas um divórcio nas costas ainda tenho chances (ironia fina)...


Eu Apenas Queria Que Você Soubesse -  Gonzaguinha
 

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queria que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte das novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Perder é Fundamental

"Perder é fundamental. Desde então, entendi que não existe vida se não houver a chance real de fracassar, que o fracasso é como a demissão e a fossa - inevitável para fins de enobrecimento de caráter - , que o caminho para nossa própria verdade passa obrigatóriamente pela dor, que vencer é delicioso mas perder é fundamental, e que reside justamente nessas experiências a beleza de toda jornada humana." (Milly Lacombe - TPM/Set2011)
 
Sabe aquele filme com o Adam Sandler, CLICK(2006)? Em que o personagem arruma um controle remoto que lhe dá controle sobre todos os âmbitos da vida dele? Pois é, esse filme é uma lição de vida. Claro que eu também fiquei chocada por chegar ao final de um filme com o   Adam Sandler e refletir sobre algo. Mas está ai, olhar diferente para as coisas é bom também, deixar os pré-conceitos de lado um pouco.
 
Seria muita pretensão nossa, meros mortais, querermos ter controle sobre tudo a nossa volta? E além de pretensão, poderíamos dizer prepotência? Acho que sim...
 
Venho pensando muito sobre isso atualmente, em como sinto uma necessidade boba de querer ter controle para me poupar do sofrimento, mas essa privação também me faz sofrer, ou seja... Não há solução, solucionado está. Pelo menos quem se entrega  tem a possibilidade de sofrer mas ter ganho o bônus da situação, quem se priva ganha o ônus de sofrer sem recompensas (me dei mal).
 
Hoje ao ler a Coluna do Meio da TPM deste mês, que a propósito está muito boa, tive essa sensação de ser normal... Porque afinal o medo é um sentimento comum e a maioria de nós tem medo diante do que não controla, e o medo se transforma nesse freio que usamos quando começamos a perder o controle.
 
Você tem medo de quê? Eu tenho medo da morte, não da minha, mas das pessoas que eu amo. Acho que é por isso que tenho medo de perder, porque deve ser parecido com a dor por morte, com uma "pequena" diferença: quem está vivo deixou de fazer parte da sua vida por opção dele(a) ou sua, a morte é sempre uma surpresa até mesmo quando é esperada.
 
Eu não quero mais temer... ;)

 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Teardrop on the fire of a confession/Fearless on my breath"

"O que me importa é lealdade. Se você está sendo leal ao seu sentimento, ao sentimento do outro, tudo bem. Mas não venham com papo careta de fidelidade." Sarah Oliveira - Revista TPM - Agosto 2011

Depois de ler essa frase fiquei a pensar sobre qual seria a real diferença entre lealdade e fidelidade. Vamos as definições pelo dicionário?!

Lealdade: Franqueza; sinceridade. Retidão; probidade.

Fidelidade: Exatidão em cumprir suas obrigações, em executar suas promessas: jurar fidelidade. Afeição e lealdade constante: fidelidade de um amigo. Obrigação recíproca dos esposos de não cometer adultério. Exatidão, semelhança: fidelidade de uma narração. Lealdade; probidade.



Depois de ler alguns artigos sobre lealdade X fidelidade, fiquei a pensar porque "cactos" queremos tanto a outra pessoa só para nós? E óbvio quando questiono isso me incluo nesse nós. Defendo constantemente o lema da lealdade onde na relação a dois é o ring para toda verdade e sinceridade da face da terra. Ok ok, já sei que não é muito saudável, mas por mais que doa (e dói) saber de cada detalhe de uma traição, ela pelo menos me parecerá leal, não estarei sendo enganada. Certo? Não sei!

Quanto mais penso sobre isso, mais confusa fico! Esses dias tentei estabelecer um contrato de fidelidade e na conversa me ocorreu que é exatamente isso, fidelidade é um contrato e que não garante absolutamente nada, ele apenas ameniza nossas angústias e inseguranças da maneira mais pura, que é acreditarmos que o outro vai cumprir o contrato estabelecido. Acontece que para sair com outras pessoas, ou trair, é algo que qualquer um pode fazer a qualquer hora e que usando aliança, mudando o status no facebook, ou estabelecendo um simples acordo de fidelidade não muda o principal: a quantidade de oportunidades diárias que cada um dos envolvidos recebe! E só cabe a eles se perguntarem "serei leal ao que sinto (tesão/paixão/amor) ou serei fiel ao meu/minha companheiro(a)?", pergunta essa que surge em nossa mente naqueles 5 segundos em que seu mundo vira de cabeça para baixo e todos os questionamentos e desejos e adrenalina se juntam para atrapalhar seu juízo de valor ou ponderar a escolha a ser feita.

Fato consumado vem a outra pergunta que te tira o sossego: "Devo contar?"

 

Por algum tempo pensei que contar era o melhor a ser feito, por uma questão muito simples: a pessoa tem o direito de saber e escolher se quer permanecer contigo ou não. Contar me parecia mais justo.

Depois de um tempo percebi que essa sinceridade tem seu preço. Porque o fato de contar e permanecer com a pessoa te leva a um outro problema: A POSSE! Sim, nós todos temos um maldito sentimento de posse pelos outros, queremos só para nós e por isso nos achamos donos (ex.: meu copo = meu namorado = não chegue perto porque me pertence).

Parece uma faca de dois gumes, não é mesmo?! Aparentemente a melhor opção é não se deixar levar pelos desejos e caprichos e seguir a regra estabelecida por Deus nos 10 mandamentos. Mas assim, se sua vida estiver meio pacata, acho que arrumar uma amante ou um amante anima bem! (sarcasmo)
Tem isso também, se o homem é infiel é naturalizado pela sociedade que as mulheres devem aceitar, afinal o coitadinho do sujeito que merece ter o pênis cortado (rsrsrs) é geneticamente preparado para copular com várias fêmeas já que nós mesmo que racionais não deixamos de ser animais nessa selva de pedra. Mas se for a mulher a pular a cerca... Bom, dai tudo muda não é mesmo?! Talvez por isso tantas mulheres o façam mas escondam e se sintam culpadas, já os homens assumem amantes por anos a fio.

De fato não cheguei a uma conclusão sobre lealdade X fidelidade, cada relacionamento tem seu próprio ritmo e as pessoas envolvidas tentam moldar a relação a sua maneira, cada um pisando fundo ou flutuando no que lhe convém. Afinal, cada um escolhe o seu caminho e terá de ter a carcaça para suportar o peso das suas próprias escolhas.


domingo, 21 de agosto de 2011

Linear é a morte


Por acaso assisti um filme bem intrigante hoje, "Awake - A vida por um fio", é um suspense lançado em 2007 onde a trama é basicamente de um rapaz apaixonado que tem um problema no coração e precisa fazer um transplante e durante a cirurgia ele fica num estágio dormindo, porém consciente. Então não posso contar o resto porque dai estraga o filme!

Mas e dai?! Certo, eis que fiquei a pensar sobre os altos e baixos que a vida nos proporciona e me caiu como uma luva a frase que o professor soltou em sala ontem: "Vida linear não existe, linear é a morte".  Parece óbvio certo? Mas nem tudo que é óbvio nós conseguimos ver.

Na verdade faz muito sentido, não há quem vive feliz todo dia, por isso estranho essas pessoas que buscam a felicidade, como se existisse um momento meio que libertador em que nós encontramos a tal felicidade, onde tudo é perfeito e nada nos tira o bom humor. Convenhamos, não existe isso. Assim como também é difícil encontrar pessoas deprimidas por tempo indeterminado (embora existam algumas que curtem muito a fossa)! Há altos e baixos, e nós no meio deles tentando encontrar o equilíbrio.

Fato é, a morte é linear... não há nada lá, não há felicidade, momentos, tristezas... enfim, lá é o nada e por isso é igual sempre, linear.

Queria sentir mais, como aquela música "Epitáfio", mas passei tanto tempo racionalizando os sentimentos, tentando entendê-los que agora tenho uma grande dificuldade em sentir. Infelizmente não há remédio na alopatia para meu problema, mas quem sabe alguns muitos anos de tratamento psicológico não resolvam?!

O equívoco deve estar ai, em não se entregar, em não sentir, procurar o que é mais ameno e onde é mais seguro. Admiro as pessoas que conseguem desenvolver o sentir, que diante da pergunta "Como você se sente?" sabem explicar, chorar, gritar. Mamis me pergunta sempre isso, e fico muda, porque na maioria das vezes não tenho palavras.

Afinal, palavras são só palavras, sentimentos vão além.


"O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído"

E ainda não aprendi a assobiar...



Doce Solidão Marcelo Camelo
Posso estar só
Mas sou de todo mundo
Por eu ser só um
Ah nem, ah não, ah nem dá
Solidão, foge que eu te encontro
Que eu já tenho asas...
Isso lá é bom?!
Doce solidão

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Que seja doce...

"Te desejo uma fé enorme.
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Que seja doce. Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Que seja bom o que vier, pra você." (Caio Fernando Abreu)



Fui apresentada a Caio Fernando Abreu tem uns oito anos, comecei a ler desesperadamente tudo que ele escreveu, amei cada palavra porque me identifiquei, como muitas outras pessoas, me senti compreendida. Porque não sei pra você, mas para mim é muito difícil nomear os sentimentos, as palavras parecem pouco diante da grandiosidade do que se sente.

A gente pensa que é diferente, mas na verdade somos todos muito parecidos, e somos um nada diante dessa imensidão do mundo, e nos perdemos e nos achamos. Alguém um dia me disse que viver o luto faz parte do rito e quando pulamos alguma parte fica mais difícil de superar. Sim, os ritos são necessários.

Estou levando a sério esse lance da redução da complexidade do mundo, roubei de um amigo, e me caiu muito bem. As coisas são simples mas nós temos uma capacidade imensa de complicar e com isso sofremos desnecessariamente e perdidamente. Adotei essa frase como meta. Ao simplificar entendemos com mais facilidade e consequentemente superamos os reveses mais rápido e com menos dor. Doer faz parte, não há como excluir do processo. Só dói o que é importante para nós e se vivêssemos sem dar importância a vida ia ser bem sem graça.

Quero crer que dias melhores virão, que Setembro e a Primavera trarão flores no jardim e que outros ventos possam trazer o perdão.

E que seja doce então...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mude

"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!" (Gabriel - o Pensador)


Sabe essas pessoas organizadas, sistemáticas, cheias de manias e "tics"? Então... Eu era assim. Não conseguia viver num ambiente bagunçado e barulhento, andava sempre do lado direito da calçada para ir e no lado esquerdo pra voltar, partia toda carne antes de comer, dormia sempre no mesmo lado da cama e somente em uma cama. Eis que de repente, TUDO mudou e percebi um novo sentido nas coisas ao meu redor. Sempre fui viciada em trabalho, qualquer trabalho era dedicação exclusiva e irrestrita. Mas eu mudei.

Dr. House (http://pt.wikipedia.org/wiki/House,_M.D.) sempre diz que as pessoas não mudam, faço ponderações a respeito, as pessoas mudam, mas não porque nós queremos que elas mudem, mas porque algo dentro delas pede uma mudança.

Não sei onde começou, nem o porque, mas sei que começou em agosto/setembro do ano passado, comecei a questionar tudo, e percebi que o que parecia que queria não era nada daquilo. Eu vivia uma vida perfeita, para qualquer outra pessoa mas não para mim. Não estava feliz, chorava diariamente, não tinha tempo pra almoçar, pra namorar, pra olhar o sol lá fora e exclamar "que lindo!".

Dai reinventei tudo. Quando eu digo tudo, é tudo mesmo. rs Detalhe que esse final de semana fiz uma profunda reflexão sobre essa coisa da mudança, como tudo que eu tinha ou era a um ano atrás não tenho e não sou mais. Só que com uma única e principal diferença: hoje eu sou mais feliz.

Sábado na MBA assistimos um vídeo sobre a mudança e está ai abaixo para vocês assistirem, e depois assisti o filme "De Pernas pro Ar" (http://globofilmes.globo.com/GloboFilmes/Site/0,,GFF346-5402,00-DE+PERNAS+PRO+AR.html) e me identifiquei muito com a personagem da Ingrid Guimarães (pra não perder o fio da meada, fica a observação que o filme vale boas gargalhadas e situações inusitadas), uma mulher que tem tudo mas vive para o trabalho e não aproveita a vida.



Eis que algumas vezes a mudança não é apenas necessária, ela vira uma questão de sobrevivência, ou você muda ou a vida acaba pra você. E eu escolhi mudar. Mudei de casa, de estilo de vida, de amor, de amigos, de hábitos, de leituras, roupas e principalmente mudei a forma de olhar a vida. Acordo e abro a janela, sol lindo lá fora. Abraço as árvores, caminho na praia, sinto o chão, abraço as pessoas, sinto prazer em tudo. A vida faz mais sentido agora.

Venho apenas dividir esse momento com vocês, pode ser contagiante!



"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Let´s Do it, let´s fall in love



Pois é... Fui assistir "Meia Noite em Paris" e Woody Allen se superou, o filme é ótimo! A fotografia e a trilha sonora são encantadoras, os atores foram bem escolhidos e a história é fantástica!

O tema central é o presente X passado, essa coisa que muitos de nós tem de idolatrar uma época que não vivemos mas que sonhamos em viver, algo super "eu nasci na década errada" ou "saudades do tempo não vivido", enfim essa vontade que temos de vivenciar uma outra época porque o presente não é glorioso.

Além da idealização de Paris... A cidade luz, do amor, da beleza, dos artistas, do encanto, tudo isso que idealizamos porque nos venderam essa imagem e que é encantadora torna-se mais ainda a partir da meia noite quando os sinos (ah... os sinos) anunciam a possibilidade de vivenciarmos as épocas que nos inspiram.

No fim, eis que a reflexão é: o que torna nosso presente tão sem graça que gostaríamos de fugir para uma outra época?

Infelizmente ou felizmente ainda não temos como fugir de nosso tempo, e todas as épocas (como tudo na vida) tem coisas boas e ruins, fica então o desafio de tornar nossa rotina uma delícia de ser vivida, afinal... Não há outra maneira de vivenciarmos o presente com prazer, porque como o nome já diz, é um presente basta vivenciá-lo assim.

Para ler ouvindo: http://www.vagalume.com.br/ella-fitzgerald/lets-do-it-lets-fall-in-love.html

terça-feira, 19 de julho de 2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Yin Yang e etc

Por algum motivo, especial (ou não), ando pensando muito no Yin-Yang. Todos conhecem, nem todos sabem bem explicá-lo e alguns poucos apreciam. O fato é que resumidamente, representa a dualidade, duas forças complementares que estão em tudo que existe gerando um equilíbrio dinâmico, são elas o Yin (princípio ativo, diurno) e o Yang (principio passivo, noturno). Repare que não estamos falando de maniqueísmo, aquele dualismo que divide o mundo em coisas boas ou coisas más, e sim de dualidades complementares, exatamente o oposto no maniqueísmo. Equilíbrio é algo que todos podemos alcançar, certo? Não sei... As vezes penso que Deus está rindo da gente lá em cima!

Não sei você, mas eu bato altos papos com o cara lá de cima! Conversamos o dia inteiro, divido meus anseios, reclamo do que considero triste e sarcástico da parte Dele, algumas vezes Ele manda sinais significativos, outras Ele resolve a situação para mim, mas no geral, nós conversamos e Ele me ajuda a achar o tal do equilíbrio. 

Fato é que em alguns momentos na vida a gente se "desconecta" do universo e isso causa uns danos estranhos ao nosso ser, mas quando nos "reconectamos" as coisas voltam a ter sentido e é ai que achamos esse tal de equilíbrio.

Mas sabe aquelas coisas que acontecem e nós culpamos o tal do Murphy ("Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível".)? Pois é, eu sempre penso que é Deus se divertindo com a nossa cara! E isso não é blasfêmia, se você já leu o antigo testamento, sabe do que eu estou falando. Deus também tem seu lado Yang, porque se não fosse assim Ele não seria o equilíbrio que há em nós. Mas deixando a quase blasfêmia de lado, voltando as conversas com o ser supremo. De fato algumas situações nos fazem praguejar, resmungar e duvidar da existência divina, mas logo depois percebemos que realmente Deus é justo, ele não nos fornece o que queremos e sim o que é melhor para nós. Nem sempre percebemos isso, somos cheios de defeitos e mimos, mas quando olhamos com atenção, percebemos que foi o melhor que poderia acontecer.

Os problemas e situações se apresentam na nossa vida e são oportunidades para nos conhecermos melhor, nos superarmos e isso gera um crescimento emocional/espiritual que não é a toa que muitos dizem que aprendemos com o sofrimento.

Tem uma outra coisa que aparece nessas situações críticas: pessoas. Pessoas anjos sabe? Aquelas pessoas que te dizem algo simples e inesperado, mas que toca seu coração e alivia sua alma. Chamo de anjos porque acredito que é o Universo respondendo minhas perguntas, é Deus nos enviando anjos sem asas.
"A vida, essa sim, uma caixinha de surpresas!" (JB)


Para pensar:
"Pouco se aprende com a vitória, mas muito com a derrota." - Provérbio Japonês
"Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier." - Provérbio Chinês
"Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado." - Provérbio Árabe

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"O mel nunca seria tão doce sem o fel."

"eu amo você
mas não sei o que
isso quer dizer
eu não sei porque
eu teimo em dizer
que amo você"




Um vinho, uma boa música e uma pergunta no ar: e afinal pelo que vale se entregar?
Existem dois tipos de pessoas, as que se entregam logo de cara, se jogam no mundo, na relação, nos sentimentos e o segundo tipo, os que não se entregam facilmente, que avaliam e racionalizam os sentimentos. Bom, faço parte do tipo 2. Tem as vantagens claras do tipo 2, geralmente os que se entregam para nós se arrependem no final (sarcasmo mode on). A desvantagem é que nosso medo de compromisso (e reparem bem, o medo é do compromisso e não do sentimento em si) nos faz fugir ou criar situações especialmente constrangedoras.

Eu era um tipo 2 não assumido, costumava dizer que o problema não era esse, mas como todo mundo que passa por situações complicadas, cabe a mim assumir que sou um tipo 2. Não significa que não temos coração! Muito pelo contrário, nós temos e é tão frágil que o protegemos mais que as pessoas do tipo 1. O medo de compromisso é algo intrisecamente vinculado a liberdade, temos medo de perder o que somos, nossos amigos, nossos desejos, enfim, de nos entregar e a pessoa levar consigo tudo que temos e depois ficamos lá, sem saber de nós mesmos!

Não tenho medo de compromisso, sou sensata! É igual a não sou pessimista, sou realista. Percebe?
Tive dois amores na vida e uma paixão, e os três me disseram a mesma coisa: você não se entrega por inteiro. Pensava eu, "que significa isso?!" Só para constar, ainda não sei. Sei que na minha concepção eu me entreguei, pulei de cabeça, viajei, casei, montei uma casa, mudei minha vida, e se isso não é se entregar o que é?! Aparentemente se entregar é se anular, ou viver em função do outro ou sei lá o quê (afinal nunca fiz).

Agora me pergunto outras coisas, como por exemplo o que essa pessoa veio me ensinar e o que eu ainda não aprendi...

"Qual é a parte da sua estrada
no meu caminho?"


E de tudo que eu leio todos dizem algo parecido, o amor é o caminho, meu problema não é amar e sim manifestar o amor do jeito que o outro deseja receber. Como podem perceber é tudo uma questão de ponto de vista, no fundo eu até acho que me entrego de mais.

Para ler ouvindo Zeca Baleiro, Telegrama ou qualquer outra porque o cara é phoda! O vinho me pegou de jeito, afinal nesse frio algo precisava me esquentar.

obs.: Não sei se acredito no amor entre homens e mulheres, mas quero acreditar e isso já é um começo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

For no one...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor e Outras Drogas



www.adorocinema.com o definiu como: "perdido entre o romântico, engraçado e o dramático" e não haveria descrição melhor para este filme! O Jake Gyllenhaall e a Anne Hathaway já tinham feito par romântico em "O Segredo de Brockeback Mountain", mas em "Amor e Outras Drogas" eles estão perfeitos, ele é um lindo com cara de quem gosta muito da coisa, e ela é perfeita, sou apaixonada nela! Rsrs

O filme conta a história desse casal, ele é um solteiro convicto e ela uma mulher que desistiu de viver por ter uma doença letal e degenerativa mas que encontra graça na arte e em ajudar as pessoas. Encontram-se por acaso e começam a fazer sexo casual e em algum momento passam a ser essenciais na vida um do outro. De fato é um pouco comédia, um pouco romântico e um pouco dramático, mas vale a locação e algumas lágrimas, alguns sorrisos, alguns "ahn que lindo".

Sabe aquela música da Marisa Monte?!
"Bem que se quis
depois de tudo ainda ser feliz
mas já não há caminhos pra voltar.
E o que é que a vida fez da nossa vida?
O que é que a gente não faz por amor?"


E eu te pergunto: "e o que é que a gente não faz por amor?"
Até deixar o amor ir embora é uma loucura de amor, e somos todos tão loucos... Amor é como uma droga na nossa mente, sentimos falta de amar (e sim, isso também vale para os solteiros convictos). Mas o quão loucos somos ou o quanto gostamos de arriscar varia em maior ou menor grau de acordo com a insanidade de cada um.

Fica a dica.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual mais sadia que a nossa!


Então que resolvi ir assistir o filme "Qualquer gato vira-lata" no cinema, com a Cléo Pires, o Dudu Azevedo e Malvino Salvador. Comédia romântica, faz rir, atuações medianas, a história é bem comum na vida real (só que o final não segue o final do filme). Baseado na peça "Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual mais sadia que a nossa" de Juca de Oliveira, a questão central é: se somos animais (mesmo que racionais) respondemos à estímulos físicos e por tanto nossas relações amorosas funcionam melhor se seguirmos o exemplo dos seres não racionais a nossa volta, "A gansa arranca a pena do ganso, a gata arranha o gato e você desliga o telefone".

Se funciona? No filme sim, até porque há um outro macho na jogada, e o macho principal se sente trocado. Pensando assim, nossas relações como animais, tudo fica bem prático e aparentemente funciona bem, o problema é que o fato de sermos racionais é um diferencial, e sim, isso conta. Claro que a biologia interfere, até porque racionalmente não entendemos porque escolhemos uma pessoa e não outra, não sabemos porque amamos, nem o porque de nos sentimos atraídos (mesmo quando a menina não tem o quadril largo e o menino não tem o ombro impositor).

Seria bom se nossas relações fossem tão simples?! Acho que não, o legal é esse jogo da conquista, os flertes, os detalhes, os olhares, mas de fato não há receita e as vezes escorregamos, machucamos, demora um pouco pra curar, mas cura. Essas relações complexas são o grande ganho, é onde nos descobrimos e descobrimos o outro e nos diferenciamos dos animais, afinal, porque nasceríamos com um cérebro desenvolvido se não é para utiliza-lo?!

Considero essas teses da biologia engraçadinhas, mas machistas! Se hoje os homens são confusos/inseguros porque não sabem qual é o seu papel na sociedade, eles deviam fazer terapia! As mulheres também ficam confusas, e esse lance da jornada dupla é bem cruel se os homens não adaptarem o seu papel social. Imagina só, você mulher, trabalha e chega em casa seu marido que também trabalhou e está tão cansado quanto você está assistindo TV ou jogando vídeo-game e você não vai poder distrair a mente, você vai limpar a casa e cuidar dos filhos. Isso é legal? Não, não é, é cruel. Esses papéis precisam ser adaptados a sociedade moderna, a mulher adentrou o mercado de trabalho, e gostou, o homem não tem que ficar melindrado, ele tem que achar ótimo que sua mulher agrega mais valor ainda a ele e por tanto merece divisão das tarefas de casa. Isso sim é justo.

Em termos de conquistas, esse mês saiu uma matéria na "Gloss" que davam as seguintes estatísticas: 9% dos casais são formados em viagens de férias e 25% se conhecem em bares, baladas e outros locais de paqueras. Fiquei me perguntando e os outros 66%? No trabalho e nas igrejas?! Fiquei na curiosidade porque afinal quem acha que vai encontrar um namorado(a) em baladas ou em viagens?! Deixa pra lá!


sábado, 18 de junho de 2011

Parte 2 - A Argentina

Depois de sobreviver a fronteira Paraguaia, rumamos a fronteira Argentina, próximo destino era Puerto Iguazu, primeira cidade do Estado de Missiones. Para começar nos dirigimos as Cataratas Argentinas no parque Iguazu, e como qualquer outro lugar na Argentina lá estava lotado de argentinos! Nossos hermanos muito receptivos as brasileñas nos orientaram como calcular o tempo para conseguirmos fazer todo o passeio.

Primeiro passo era pegar o trem, e fomos fazendo amizade rumo ao espetáculo da natureza que são aquelas águas. Eis que no retorno pegamos o trem descendo e de repente pock, parou. Todos milhões de argentinos falando ao mesmo tempo, escutamos apenas que demoraria 20 min para resolver o problema e que estávamos a 1 km da estação pretendida. Nós quatro mulheres atléticas (huhum) resolvemos ir caminhando.
Mas aparentemente os argentinos são mais eficientes do que parecem e consertaram o trem em 5 min o que nos fez passar pela primeira pagação de mico do dia: um trem com três carretas lotadas de argentinos dando tchauzinho e zoando com a nossa cara! Muito bom né?!

Beleza, eis que encontramos o primeiro Quati da aventura e corremos empolgadas para brincar com ele, pois um bichinho tão bonito só poderia ser inofensivo, certo? Errado. Eles são marginais! Quando você menos espera um começa a te atacar e chama os outros para ajudarem e quando você se dá conta tem uns 10 em cima de ti roubando sua comida, sua bolsa, tudo seu! Fiquei tão traumatizada que nem quis mais um Quati de pelúcia, quero esquecer que eles existem!

Dai partimos para a grande aventura, adentramos na floresta num jipe rumo ao bote, lá chegando guardamos nossas coisas para não molhar e começamos o melhor passeio da viagem o Gran Ventura, que é um passeio de lancha que passa por debaixo de vários trechos da queda d'água das cataratas. O melhor banho dos últimos tempos, lavei a alma! Se estava frio? Claro! Estava fazendo apenas 12° e nós ficamos apenas encharcadas, mas e daí?! rs
Andamos mais uns 3 km até o banheiro mais próximo, descalças e na sombra o que nos rendeu muitos espirros posteriormente, mas valeu a pena.

Para terminar o dia passamos no Duty Free Shop e compramos uma garrafa de cada sabor de Absolut, e óbvio que o problema não era comprá-las, mas sim trazê-las conosco no vôo de volta pra casa. Milhões de chocolates e bebidas depois, estávamos exaustas de tanto caminhar e dormimos tão pesado que nem fomos ao Cassino.

Saldo do dia: muita dor nas pernas depois de caminhar algo próximo a 10 km, um início de resfriado, menos limite ainda nos cartões de crédito, muitas bebidas para poucas malas, energia renovada e a certeza de que aqui vale a pena retornar muitas vezes mais!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Parte 1 - O Paraguai

Que o dia dos namorados é um dia altamente comercial todo mundo já sabe, acontece que também é uma data comemorativa bem romântica e todos os casais ficam mais apaixonados e todos os solteiros ficam mais carentes, para não entrar na deprê que provavelmente o 12 de junho iria me proporcionar resolvi convidar minhas amigas para uma viagem diferente.

Primeiro precisava escolher o local, mas como adoro destinos de última hora, acordei pensando nas Cataratas do Iguaçu (não me perguntem porquê) e lá fui eu ver preços e conseguir folgas.

Tudo arrumado e lá fomos nós, para nosso dia de compras no Paraguai. Tudo já começou tumultuado próximo a fronteira e quando chegamos do outro lado... Nossa! Que loucura! Tínhamos que desviar dos vendedores ambulantes, dos carros, motos, pessoas e suas sacolas e tudo parecia muito confuso. Pessoa sensata que sou, peguei meu mapa e nos direcionei a primeira loja a "Elegance", vende perfumes, maquiagens, hidratantes e não preciso nem comentar que voltamos com estoque de tudo isso.

E vimos eletrônicos e passeamos e o tempo passou e o nosso ônibus ia embora dentro de dez minutos sendo que nós estávamos perdidas numa loja de celulares! Vamos embora! Corre daqui corre de lá, "Meu Deus de onde saiu tanta gente?" e tinha um quebra molas (de pedestres) no meu caminho e eu não vi... caí igual a um saco de batatas (obesa), nunca caí tão feio! Eu capotei e pior, em cima das compras, no meio da rua (lembrando que lá é um tumulto). Nem deu tempo de rir, podia perder o ônibus e não queria ficar lá!

Depois de ter corrido tanto, lá estava a van engarrafada atrás do ponto de encontro. Engarrafamento danado e a fome batendo, depois de uma hora falei pro motorista que ia buscar o lanche, ele retrucou assim "Se você voltar e eu não estiver aqui, vai ter que se virar." Entendi e fui atrás do lanche.

Nada melhor do que ir ao Paraguai e não comer a comida típica. Fui na lanchonete árabe porque assim a gente não erra! Pedi o lanche e enquanto esperava esperando olhei pela janela, "Pqp! A van andou, me deixaram no Paraguai", corri pra lanchonete e implorei com meu espanhol de quinta categoria para agilizarem o meu lanche quando chega uma das minhas amigas falando que o motorista ia me deixar.

Pegamos o lanche e lá fomos nós correndo rumo a frente do shopping na esperança de encontrar a van, nada, andamos no meio daquela zona de carros e nenhuma van verde vômito, ela estava no meio da ponte da amizade. Corre corre corre, chegamos ao lado da van, não pensei duas vezes e joguei o lanche pra outra amiga e pulei a grade, foi quando olhei pra trás e estava minha amiga atolada atrás da grade gargalhando com minha agilidade em ir embora do local. Eis que voltam dois colegas para empurrarem ela para dentro da van. pronto, conseguimos, estávamos deixando o Paraguai e continuávamos vivas!

Saldo do dia: dois joelhos roxos, menos um pedaço do dedo mindinho do pé, menos limite no cartão de crédito, muitas mas muitas maquiagens e a certeza de que ao Paraguai vou demorar pra voltar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cheira Eu!


"Se você não nasceu em Paris, Paris pode adotá-la. A mulher Parisienne é uma sedutora moderna. Confiante, ela está sempre no controle. Insolente quando ela quer, mas nunca agressiva. Esta mulher tem um segredo. Uma noite especial. Ela sabe como amar, como viver. O que aconteceu em Paris, fica em Paris.
A fragrância sensual e sedutora é uma criação frutal, floral e amadeirada, com toque de cereja e amoras com a elegância das rosas e violetas que são delicadamente rodeadas pela vibração do vetiver, do sândalo e do patchouli."
Em: http://www.sacks.com.br/site/produto.asp?id=8338

Bom, como não tenho namorado/noivo/marido e o bendito/maldito dia dos namorados está chegando, venho por meio deste solicitar aos admiradores de plantão o meu perfume favorito de presente. Rsrsrs Estou brincando, queria falar mesmo sobre as definições das fragrâncias pelas marcas, eu nem compro mais perfume pelo cheiro, compro pelo que ele representa. Essa definição ai de cima é do Parisienne de Yves Saint Laurent, meu pai trouxe de presente e eu amei o cheiro, fui ler a definição e me identifiquei. Pronto, encontrei meu cheiro artificial.

Sabe né, todo mundo tem seu cheiro próprio, e alguns tem os artificiais, que são os perfumes. Tem pessoas que passam a vida usando o mesmo perfume, outras que tem fases com cada fragrância e algumas que não ligam para isso. O fato é que nossa memória guarda os cheiros e toda vez que sentimos o cheiro familiar pronto, vem aquele lapso de lembrança à mente.

Dai me lembrei da primeira vez que senti o cheiro da maconha. Eu tonta que sou, fui pro Sana (região serrana de Macaé) com uns amigos, lá chegando senti um cheiro que defini na minha cabeça que era cigarro com sabor, e lá fui eu pensando comigo que todo mundo estava fumando cigarrinho de noitada durante o dia. Crentes que era conhecedora do assunto.
Dois dias depois estávamos vários amigos sentados conversando na varanda da minha super barraca de acampar, quando eu soltei a pérola: Esse cigarrinho de vocês me lembra minha infância, tem um cheirinho agradável. Todos olharam pra mim e começaram a rir desesperadamente. Eu sem entender nada perguntei o porque da risadaria né, mas a resposta me surpreendeu: Tahiana, isso é cigarro de maconha, não tem como lembrar sua infância. Corri para o primeiro orelhão que encontrei (lá não pega sinal de celular) e liguei para meus pais em busca de explicações, encontrei a seguinte resposta: "ah querida, não seja careta, era o momento do desbunde pós ditadura".

Como podem perceber, os cheiros deixam marcas profundas em nossa memória. Depois as pessoas não entendem meus anos de terapia, por isso tudo ai!

Queria apagar alguns cheiros, acho que até conseguimos, mas em algum dia em que Murphy resolver te acompanhar por algumas muitas horas, você vai encontrar uma pessoa no ônibus/rua/academia com o cheiro do seu grande amor perdido, e você vai ficar lá, olhando para o nada lembrando daquela pessoa que um dia te fez muito feliz.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

domingo, 29 de maio de 2011

Só pode ser açúcar!



Sabe aquelas situações que quando alguém te conta parece cena de filme? Pois é, passei por uma dessas na semana passada.

Quem me conhece sabe que eu a-d-o-r-o acordar cedo (not), e lá fui eu pela manhã, depois de correr muito com todas as coisas necessárias para acordar (receita mágica: banho + 2 xícaras de café-com-leite) peguei o carro e cai naquele engarrafamento maravilhoso que todos nós enfrentamos ao nos deslocar. Ia tudo indo bem quando de repente "pack", porrei na traseira de um carro. Como se não bastasse perder a hora, eu ia perder dinheiro também.

Descemos os dois do carro e pela graça divina o sujeito da frente não era um neurótico/nervoso/irritado e começamos a conversar enquanto aguardávamos a polícia e o carro do seguro. Conversa vai, conversa vem, o carro dele tinha um mês de uso... Nossa, nunca fiquei tão sem graça! Duas horas depois chega o policial, faz a ocorrência, seguro acionado e tudo resolvido. Trocamos cartões de visita e a vida seguiu.
Sabia que existia gente estranha no mundo, mas nem tanto: quando loguei meu notebook, lá estava um e-mail me agradecendo por ter batido no carro do sujeito. Pensei: ele não bate bem!
Educadamente pedi desculpas de novo e continuei meu dia frenético. Telefone toca, o sujeito me chamando para jantar. Nada melhor para fazer, muita culpa por ter batido na traseira da pessoa com carro zero e lá fui eu jantar fora.

Fomos a um lugar super bonitinho em Nova Friburgo (http://www.braunbraun.com.br/), bebemos um vinho bom e mais conversas, eis que deu minha hora e vamos embora porque no dia seguinte o dia seria mais corrido ainda.

Cheguei ao hotel e quando abri a porta do quarto lá estava: uma orquídea linda! E quem me conhece sabe que eu amo orquídeas... É... Situação inusitada.

“Eu era neném, não tinha talco, mamãe passou açúcar em mim”