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sexta-feira, 8 de julho de 2011

"O mel nunca seria tão doce sem o fel."

"eu amo você
mas não sei o que
isso quer dizer
eu não sei porque
eu teimo em dizer
que amo você"




Um vinho, uma boa música e uma pergunta no ar: e afinal pelo que vale se entregar?
Existem dois tipos de pessoas, as que se entregam logo de cara, se jogam no mundo, na relação, nos sentimentos e o segundo tipo, os que não se entregam facilmente, que avaliam e racionalizam os sentimentos. Bom, faço parte do tipo 2. Tem as vantagens claras do tipo 2, geralmente os que se entregam para nós se arrependem no final (sarcasmo mode on). A desvantagem é que nosso medo de compromisso (e reparem bem, o medo é do compromisso e não do sentimento em si) nos faz fugir ou criar situações especialmente constrangedoras.

Eu era um tipo 2 não assumido, costumava dizer que o problema não era esse, mas como todo mundo que passa por situações complicadas, cabe a mim assumir que sou um tipo 2. Não significa que não temos coração! Muito pelo contrário, nós temos e é tão frágil que o protegemos mais que as pessoas do tipo 1. O medo de compromisso é algo intrisecamente vinculado a liberdade, temos medo de perder o que somos, nossos amigos, nossos desejos, enfim, de nos entregar e a pessoa levar consigo tudo que temos e depois ficamos lá, sem saber de nós mesmos!

Não tenho medo de compromisso, sou sensata! É igual a não sou pessimista, sou realista. Percebe?
Tive dois amores na vida e uma paixão, e os três me disseram a mesma coisa: você não se entrega por inteiro. Pensava eu, "que significa isso?!" Só para constar, ainda não sei. Sei que na minha concepção eu me entreguei, pulei de cabeça, viajei, casei, montei uma casa, mudei minha vida, e se isso não é se entregar o que é?! Aparentemente se entregar é se anular, ou viver em função do outro ou sei lá o quê (afinal nunca fiz).

Agora me pergunto outras coisas, como por exemplo o que essa pessoa veio me ensinar e o que eu ainda não aprendi...

"Qual é a parte da sua estrada
no meu caminho?"


E de tudo que eu leio todos dizem algo parecido, o amor é o caminho, meu problema não é amar e sim manifestar o amor do jeito que o outro deseja receber. Como podem perceber é tudo uma questão de ponto de vista, no fundo eu até acho que me entrego de mais.

Para ler ouvindo Zeca Baleiro, Telegrama ou qualquer outra porque o cara é phoda! O vinho me pegou de jeito, afinal nesse frio algo precisava me esquentar.

obs.: Não sei se acredito no amor entre homens e mulheres, mas quero acreditar e isso já é um começo.

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