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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Achados e perdidos

Ontem estava procurando o suporte da câmera e achei meus diários dos últimos 11 anos! Meu diário de 1999 está intacto! É tão engraçado ler coisas que escrevi há tanto tempo, falo de pessoas que hoje nem sei quem são, onde estão, o que fazem...

Diários eu escrevo desde novinha, mas antes era num daqueles cadernos com cadeados e escrevia em códigos para que minha mãe não lesse! Juro! Tinha uma tabela com o alfabeto todo e os códigos, sabia de cor essa minha “linguagem secreta” mas é uma pena porque hoje não consigo ler, rsrs.

Acredito ser importante guardar as histórias no papel, assim como as fotos, também revelo muitas fotos para que elas não se percam no mundo digital. É importante ler, saber como se sentiu em relação a algo naquele momento e que superou ou não, e o porquê.

Sinto receio de um dia perder a memória, ou esquecer dos fatos, perdoar o que não se deve perdoar, essas coisas. Tive um professor que eu gosto muito, mas não o vejo com freqüência mais, e estávamos um dia conversando sobre a importância do perdão. Disse que quando eu freqüentava assiduamente a igreja eu perdoava tudo, rezava pra que a pessoa que me fez mal fosse feliz e me deixasse ser feliz, e perdoava. Então esse professor me disse algo que me marcou, ele falou que algumas coisas não devem ser perdoadas e que talvez com o meu amadurecimento eu também tenha chegado a essa conclusão, e me deu um exemplo: “Você acha que os Judeus devem perdoar o Holocausto?” (retórica, é claro)

Fiquei pensando sobre isso durante muito tempo, e até hoje ainda analiso o que se deve ou não perdoar...

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