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sábado, 12 de fevereiro de 2011

"E Foram Felizes para Sempre"

O Universo Feminino é muito engraçado! Passo tanto tempo rodeadas por homens e conversando sobre assuntos práticos do trabalho que quando saio com minhas amigas estranho o papo.
Mas é engraçado né?! Como a gente quase morre por conta de uma ligação, um torpedo, um sinal de vida, um resquício de atenção. Ficamos tensas com coisas aparentemente fúteis e discutimos entre nós (uma espécie de treinamento) sobre o que "ele" deve estar pensando, fazendo, sentindo, para depois questionar tudo numa longa DR que eles odeiam.

Vez por outra vou ao salão e fico ouvindo atentamente as conversas, é um ambiente muito hostil para quem não é muito vaidosa, sempre ouço que meu cabelo está ressecado e que a minha cutícula está horrorosa. E elas perguntam tudo sobre sua vida e debatem todos os problemas que passam com seus parceiros e falam mal das amantes, e falam bem das mulheres estampadas nas capas de revistas femininas.

Acho que deve ter muita gente que se sente como eu, um ser que não pertence a nenhum dos dois mundos, sou muito sensivel e chorona para pertencer ao masculino e muito prática e objetiva para ser do feminino, logo sou "híbrido".

Mas sabe o que eu acho mais legal no universo feminino? Tudo é muito intenso, nada é fugaz, se vive as emoções, e transbordam palavras fortes e cheias de sentimento, e olhares e lágrimas. Há histórias romanticas em todos os relatos, e momentos que ficarão para sempre. E ao ouvir tantas histórias sobre encanto e desencanto eu comecei a refletir sobre "O Mito do Amor Romantico".

"O amor romântico é um desses fenómenos psico­lógicos realmente arrasadores que surgiram na história dos povos ocidentais. Foi algo que esmagou nossa psi­que coletiva e alterou permanentemente nossa visão do mundo. Ainda não aprendemos a lidar coletivamente com o tremendo poder do amor romântico. Frequente­mente nós o transformamos em tragédia e alienação e não em relacionamentos humanos duradouros. Acredi­to, porém, que se homens e mulheres compreenderem os mecanismos psicológicos que atuam por trás do amor romântico e aprenderem a lidar com eles conscientemente, terão nas mãos a chave para novas possibilida­des de relacionamento, tanto com os outros como con­sigo mesmos." (http://eduardomarcondes.wordpress.com/2010/04/08/o-mito-do-amor-romantico/ )

Quando ainda estava na graduação discutíamos muito sobre "O mito do amor romântico" (nós, as meninas), de como essa criação foi moldando nossos desejos e práticas, fazendo com que o mundo do "Felizes para Sempre" de todas as histórias entrasse no nosso imaginário podando muito a possibidade de realmente sermos felizes. Verdade seja dita, os homens não são criados para fazerem as mulheres felizes, eles são criados para ter duas coisas: Prazer e Poder. Nós somos criadas para sermos atraentes aos olhos deles, para proporcionar prazer e agregarmos valor quando eles desfilam em festas da empresa. Então o mito é que queremos que o outro nos faça feliz, porque ele é o centro de nossas vidas e queremos ser o centro da vida deles. Simples? Claro que não! Tudo complica ai, pois como somos criados em modelos diferentes, vamos nos relacionar esperando retornos quase antagônicos.

Tem vários livros que tentam explicar esses dois mundos: "Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus"; "Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor"; entre outros que não me lembro agora.
E o que esses livros descrevem é que os Universos Masculinos e Femininos são muito distantes e por isso nossos relacionamentos são difíceis de serem mantidos, nós nos relacionamos diferente e não queremos mudar, queremos que o outro mude o jeito de se relacionar.

Nos resta a tentativa de entender como somos envolvidos psicologicamente e a perseverança em fazer nossas relações prosperarem.

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