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domingo, 10 de abril de 2011

MILK (2008)

Independente de considerar o homossexualismo certo ou errado, antes de mais nada homossexuais são pessoas e por tanto devem ser tratadas como tal.

Já li pesquisas de biologia que tentam explicar o homossexualismo, escuto as religiões defendem sobre o assunto, e logicamente que é um assunto polêmico, até ai tudo bem. O que não é tão bom é quando as pessoas resolvem obrigar o outro a viver de acordo com o que acha certo, e além disso: retalia ou discrimina.

Todas as chamadas "minorias" passam por perseguição e discriminação, e muitas vezes são assassinados brutalmente, sejam homossexuais, negros, mulheres... Dai a importância de ícones, como Harvey Milk, pessoas que conseguem mobilizar e organizar uma categoria/classe/grupo em prol de um objetivo maior e nesse caso o objetivo maior é a liberdade de poder viver a vida pessoal sem serem perseguidos.

MILK é um filme lançado em 2008, baseado na história política de Harvey Milk o primeiro homossexual (assumido) a ocupar um cargo público nos EUA. O personagem principal é protagonizado por ninguém menos que Sean Penn, o que já diz muito sobre o filme dado que não lembro de nenhum filme ruim com ele no elenco. Outro que aparece fazendo bonito é o James Franco, (aquele que fez o melhor amigo do homem aranha e depois virou o vilão do filme) que não tem o legado de Sean Penn mas marcou presença no filme e merece menção.

É um filme político, mas é primeiramente um filme comovente sobre a luta de uma "minoria", aqui os homossexuais, em busca do direito básico de qualquer pessoa: a vida e se possível poder escolher com quem se relacionar e poder trabalhar sem medo de ser demitido por conta da opção sexual.

Esse político foi assassinado e também por isso virou um ícone, mas ele foi apenas mais um, quantos homossexuais são assassinados todos os anos? E por que? Há uns anos na cidade onde resido um homossexual assumido e publicamente conhecido foi assassinado dentro de sua residência de maneira brutal, crime não solucionado, esquecido e pior: sem repercussão.

É triste quando chegamos a conclusão que algumas vidas valem mais que outras e que a impunidade incomoda quando o crime é contra a vida mais valiosa. Cabe a nós não deixar a esperança em dias melhores, não permitir a impunidade e mais que tudo, cabe a nós responder vorazmente a uma situação como essa.

Você pode não concordar com o homossexualismo, pode não achar certo ou bonito, mas é a vida de outra pessoa, viva a sua vida e deixe o outro ser feliz a maneira dele. O filme ganha **** quatro estrelinhas e só recomendo para os dispostos a ver a situação por outro ângulo.

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