Acontece

"Não há no mundo lei
que possa condenar
alguém que a um outro alguém
deixou de amar" (Trajetória - Maria Rita)
E dizem que quando a gente ama, amamos para sempre. Amamos sim, os momentos vividos com aquela pessoa naquele tempo perdido no passado, perdido na memória. Mas o amor acaba. O cotidiano, as brigas, as mínimas coisas viram coisas imensas e o amor vai morrendo, sufocado em tanta cobrança e pouco cultivo.

Não escolhemos de quem gostar e também não percebemos quando deixamos de amar. Acontece. E quando você se da conta, já não ama mais, e a outra pessoa também não te ama mais, apenas se acostumaram em dividir os mesmos espaços, o dia a dia, a vida.

Também não existe final feliz, existe início feliz e final triste, porque tudo que chega ao fim é um rompimento e até quando o mesmo se faz necessário, dói. E a dor é a maior prova de que já foi amor, porque o que não é amor, não dói, é apenas indiferente.

A vida é muito sábia, tudo tem seu tempo, tudo acontece na hora certa, e principalmente, tudo tem prazo de validade. Por tanto, nos cabe aproveitar as oportunidades, rir quando for para rir, chorar quando for desabafo, e entender que não estamos em busca da felicidade porque a vida é cheia de altos e baixos, temos momentos tristes e momentos felizes. A felicidade plena talvez só será alcançada com a morte, também não sei, apenas suponho.

Deve ser dai que vem a graça de viver, não saber o que vai acontecer no próximo minuto e lidar com essa imprevisibilidade é o desafio.